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Japonesas fazem campanha contra uso obrigatório de salto alto no trabalho

De acordo com Yumi Ishikawa, criadora da campanha #KuToo, "forçar mulheres a usarem salto é descriminação sexual e constitui assédio"

A petição do #KuToo pede ao governo uma lei que proíba empresas de obrigarem mulheres a usarem salto (MangoStar_Studio/Getty Images)

A petição do #KuToo pede ao governo uma lei que proíba empresas de obrigarem mulheres a usarem salto (MangoStar_Studio/Getty Images)

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AFP

Publicado em 3 de junho de 2019 às 14h33.

Última atualização em 3 de junho de 2019 às 16h50.

Japoneses apresentaram nesta segunda-feira (3) uma petição ao governo protestando contra a rígida convenção de usar sapato de salto alto no trabalho.

A campanha #KuToo, um trocadilho com "kutsu" (sapato) e "kutsuu" (dor), e uma versão para o slogan feminista #MeToo, foi concebido pela atriz Yumi Ishikawa e rapidamente ganhou o apoio de 19.000 pessoas.

As militantes dizem que é quase impossível escapar dos desconfortáveis sapatos de salto no trabalho, ou até mesmo quando procuram emprego.

"Hoje apresentamos um manifesto pedindo uma lei que proíba os empregadores de forçar as mulheres a usarem salto alto, o que é discriminação sexual e constitui assédio", disse Ishikawa a jornalistas, após uma reunião com autoridades do Ministério do Trabalho.

Ninguém do Ministério reagiu ao pedido ainda.

Um tuíte de Ishikawa reclamando sobre a obrigação de usar salto para conseguir um emprego em um hotel se tornou viral, encorajando-a a lançar a campanha.

Em 2017, a província canadense de British Columbia (oeste) proibiu as empresas de obrigarem suas funcionárias a usar salto alto, descrevendo essa prática como perigosa e discriminatória.

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