(Sundry Photography/Getty Images)
Repórter
Publicado em 16 de agosto de 2025 às 10h08.
Última atualização em 16 de agosto de 2025 às 10h09.
De acordo com o levantamento “Empregos em Crescimento” do LinkedIn, 4 cargos na área comercial aparecem entre os 10 empregos em alta no segundo trimestre de 2025 como vendedor(a), consultor(a) de vendas e executivo(a) de vendas.
Desde a na Pré-História com o escambo (quando grupos humanos trocavam excedentes de produção) até as vendas digitais, o cargo de vendedor evoluiu, mas sempre teve a mesma missão: conectar necessidades a soluções.
Veja abaixo as funções mais procuradas no Brasil, segundo o LinkedIn, neste segundo semestre – 4 delas tem relação com vendas:
1️⃣ Engenheiro(a) de Software
2️⃣ Vendedor(a)
3️⃣ Consultor(a) de Vendas
4️⃣ Atendente de Loja
5️⃣ Analista Financeiro
6️⃣ Assistente Administrativo(a)
7️⃣ Analista de Dados
8️⃣ Gerente de Projetos
9️⃣ Executivo(a) de Vendas
🔟 Analista de Marketing
A tendência também se repete em mercados como África do Sul, Alemanha e Reino Unido, mostrando que profissionais capazes de gerar receita e construir relacionamento com clientes ganharam relevância global.
“Essa é uma tendência clara, e não exclusiva do Brasil. Vemos a valorização de cargos da área comercial em diferentes mercados, refletindo uma demanda mundial por profissionais que atuam diretamente na geração de receita e no relacionamento com clientes”, afirma Milton Beck, diretor geral do LinkedIn para América Latina e África.
Milton Beck, diretor-geral do LinkedIn para América Latina e África: “Mais do que diplomas, o recrutamento passará a avaliar potencial e valor agregado, com abertura para perfis não óbvios" (Vivian Koblinsky/Divulgação)
Para se destacar em vendas hoje, não basta dominar técnicas tradicionais de negociação. Segundo Beck, os profissionais que ganham espaço são aqueles que conseguem combinar competências técnicas, digitais e interpessoais.
“Profissionais que se destacam no mercado atual são os que unem conhecimento técnico com competências interpessoais e digitais. Em um cenário cada vez mais conectado, é essencial ter capacidade analítica para interpretar o comportamento do consumidor, familiaridade com ferramentas de CRM e automação, além de adaptabilidade frente aos desafios”, diz Beck.
Entre todas essas, a comunicação aparece como a mais estratégica. “A comunicação segue sendo essencial. Quando feita de forma clara, empática e persuasiva, ela permite construir relações sólidas, alinhar expectativas e gerar impacto nos resultados”, diz Beck.
Segundo ele, não se trata apenas de transmitir informações, mas de “mobilizar pessoas, criar alinhamento e gerar impacto nos resultados — especialmente em áreas como vendas, onde a construção de relações é um diferencial competitivo”.
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O mercado de trabalho caminha para uma transformação estrutural, marcada por novas funções e pela evolução das exigências de competências.
“Muitas das funções mais buscadas hoje sequer existiam em 2010, como engenheiro de prompts, especialista em ética de IA e diretor de automação. Isso mostra como a transformação já está acontecendo”, afirma Beck.
O LinkedIn projeta que 65% das habilidades exigidas hoje mudarão até 2030. Para o executivo, esse dado reforça a necessidade de adaptação contínua.
“Mais do que diplomas, o recrutamento passará a avaliar potencial e valor agregado, com abertura para perfis não óbvios. O mercado será cada vez mais fluido, fragmentado e orientado por competências, não cargos.”
No Brasil, a lista “Empregos em Alta 2025” aponta funções como diretor(a) de receita, especialista em geração de leads, engenheiro(a) de segurança de processo e analista de sustentabilidade entre as que mais crescem.
“Esses exemplos mostram como o mercado está valorizando profissionais preparados para atuar em ambientes dinâmicos e em transformação”, diz Beck.