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Millennials lideram afastamentos por saúde mental nas empresas

Nascidos de 1981 a 1994 representaram 43% dos afastados e acende alerta sobre equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Geração Z aparece em segundo lugar como a geração mais afetada com saúde mental  (Freepik/Divulgação)

Geração Z aparece em segundo lugar como a geração mais afetada com saúde mental (Freepik/Divulgação)

Publicado em 7 de maio de 2025 às 11h25.

Última atualização em 7 de maio de 2025 às 11h39.

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A geração dos Millennials — nascidos entre 1981 e 1994 — foi a que mais se afastou do trabalho por motivos de saúde mental em 2024. O dado vem de uma pesquisa da B2P, consultoria da It’sSeg Acrisure especializada na gestão de funcionários afastados por razões médicas. Segundo o levantamento, 43% dos afastamentos por questões psicológicas vieram dessa faixa etária.

Na sequência, estão os profissionais da geração Z (nascidos a partir de 1995), que respondem por 33% dos afastamentos. A geração X (1966 a 1980) representa 16% dos casos, enquanto os baby boomers (nascidos antes de 1965) somam 3%.

A saúde mental em jogo

A pesquisa analisou os dados de 426 mil funcionários de 14 grandes empresas brasileiras de diferentes setores. Ao todo, foram registrados 8.095 afastamentos em 2023. Apenas neste ano, a gestão ativa desses casos resultou em uma economia de R$ 118,8 milhões para as companhias atendidas.

“Esses números só reforçam como a saúde mental tem impactado cada vez mais a qualidade de vida dos trabalhadores”, afirma Marlene Capel, diretora da B2P.

O descompasso entre vida pessoal x trabalho

Ela alerta para o descompasso entre vida pessoal e profissional, que afeta diretamente o bem-estar e a produtividade. Para Capel, a atuação das áreas de recursos humanos é essencial nesse cenário, especialmente na criação de políticas sensíveis às necessidades de diferentes gerações.

“É possível criar programas de desenvolvimento adaptados a cada fase da carreira e flexibilizar os modelos de trabalho para atender diferentes perfis”, diz. “Também é fundamental promover uma cultura organizacional inclusiva, investir em tecnologia para melhorar a comunicação entre gerações e oferecer treinamentos sobre respeito intergeracional.”

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