Carreira

O que aprendi no MIT sobre criar e fazer

O que uma passagem passagem pelo Massachusetts Institute of Technology, o renomado MIT, me ensinou

A Sloan School of Business, do MIT: estudantes da universidade ajudaram negócios brasileiros durante quatro meses (MIT/Wikimedia Commons)

A Sloan School of Business, do MIT: estudantes da universidade ajudaram negócios brasileiros durante quatro meses (MIT/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 19h57.

São Paulo - De tempos em tempos, é preciso uma pausa. Parar para respirar, reinventar-se e aprender. Estudar e conversar são alguns de meus deleites nesta vida, e lá fui eu para uma temporada de um mês no Massachusetts Institute of Technology (MIT) estudar inovação radical e social data em um dos principais centros de referência em tecnologia do mundo.

Logo na chegada, você é recebido pelo Stata — um prédio futurista, onde alguns enxergam uma folha de papel amassada, uma “metáfora para a liberdade, a ousadia e a criatividade da pesquisa que deve ocorrer dentro dele”. O projeto é de Frank Gehry, arquiteto do Museu Guggenheim de Bilbao.

Caminhando pelas alamedas e conversando com pessoas do mundo inteiro, percebe-se algumas missões do MIT: sempre questionar como funcionam as coisas, a vida, o Universo — ou seja, tudo. Já questionou hoje? Ali você percebe que todos os lugares são labs. Pensou? Faça, aprenda fazendo. Compreendeu? Compartilhe.

Entenda que não dá para sentar em um laboratório e esperar que ideias apareçam. Explore o que outras pessoas pensam. Insistir e errar faz parte do jogo, e a busca da excelência é um exercício diário. Já errou hoje, ou só criticou?

O MIT é um lugar à frente de seu tempo, com uma pressa e urgência cuja sensação é que, se não fizermos isso, alguém vai fazer. Estuda-se e produz-se produtos na fronteira da privacidade genética, ética de humanoides, futuro do dinheiro, DNA invisível, prototipagem rápida e impressão 3D para a indústria pesada.

Coisas que nem conhecemos, mas sempre colocando o ser humano no centro. O passado é uma referência. “Sem lousa, giz, livro de papel e computador eu não ganharia o Nobel”, diz um professor.

Como ensinou meu professor indiano Sanjay Sarma: “Invenções transformam dinheiro em ideias. Inovação transforma ideias em dinheiro”. E aí começa o dilema da inovação: como combinar propósito com lucro, colocar os funcionários em primeiro lugar e fim de semana de três dias. É o que se chama por lá de “o dilema do capitalista sobre a inteligência coletiva global”.

Foi fabuloso encontrar tantos brasileiros que anseiam por um país inovador e ético. Pelos muitos brasileiros que encontrei inovando em Boston, voltei para o Brasil com a sensação de que o país está preparado. E você, está pronto para a destruição criativa, para a competição da inovação global?

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