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Mulheres estão abandonando mercado de tecnologia, diz jornal

Se as mulheres continuarem deixando a área, uma carência já urgentemente de trabalhadores qualificados em tecnologia vai piorar ainda mais, diz reportagem


	Mulher trabalhando: mulheres qualificadas estão deixando a indústria de tecnologia em massa
 (Robyn Beck/AFP)

Mulher trabalhando: mulheres qualificadas estão deixando a indústria de tecnologia em massa (Robyn Beck/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 17h58.

São Paulo - Uma reportagem feita pelo jornal LA Times mostra que as mulheres estão abandonando em massa o mercado de tecnologia.

De acordo com o Code.org, empregos na área de computação irão mais do que dobrar até 2020, para 1,4 milhão.

Se as mulheres continuarem deixando a área, uma carência já urgentemente de trabalhadores qualificados em tecnologia vai piorar ainda mais.

No momento, a indústria está ansiosa para contratar mulheres e minorias.

Durante décadas, as empresas de tecnologia têm contado com uma força de trabalho de brancos e asiáticos, a maioria deles homens.

Vários programas agora encorajam as mulheres e minorias a adotar a tecnologia desde cedo.

Mas, no meio de toda a publicidade para esses esforços, uma verdade é pouco discutida: a de que mulheres qualificadas estão deixando a indústria de tecnologia em massa.

Anna Redmond, de 40 anos, deixou a indústria de tecnologia depois de 15 anos na área.

Ela disse ao jornal que colegas de trabalho do sexo masculino pareciam se opor a ela.

"Era como se eles estivessem tentando me deixar de fora em todas as etapas", afirmou ela.

Garann Means tornou-se programadora e, depois de 13 anos, também saiu do emprego, citando um ambiente hostil e inóspito para as mulheres.

Tracy Chou, de 27 anos e engenheira no Pinterest, disse que já foi demitida em uma startup porque seu chefe achou que um novo contratado do sexo masculino era mais qualificado.

Quando Chou pediu por uma explicação, ele disse: "É apenas um sentimento que eu tenho de que esta pessoa será capaz de fazer outras coisas mais rápido do que você”.

"O padrão contínuo de todas essas pessoas me tratando como se eu não soubesse o que estava acontecendo, ou me excluindo de conversas e não confiando em minhas afirmações, todas essas coisas somadas e pareceu que havia uma corrente de sexismo", disse ela.

Ao que parece, mulheres como Anna e Garann continuarão deixando seus empregos.

Anna agora tem seu próprio negócio fazendo aplicativos educacionais para as crianças.

Garann se mudou para Roma para escrever um romance e decidir o que fazer.

Quando perguntada o que precisaria para que ela voltasse à indústria de tecnologia, Garann respondeu: “Tudo”.

"O principal seria profissionalismo. Basta ser capaz de tratar uns aos outros com respeito”.

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