Carreira

‘O emprego não te pertence, sua carreira sim’, diz especialista de RH

Para o executivo Adriano Lima, o futuro profissional depende menos das empresas e mais da capacidade individual de agir e evoluir

Adriano Lima, especialista em RH: “Tem gente que confunde crachá com identidade. Mas o emprego é um contrato temporário; a carreira é um compromisso permanente” (Adriano Lima/Divulgação)

Adriano Lima, especialista em RH: “Tem gente que confunde crachá com identidade. Mas o emprego é um contrato temporário; a carreira é um compromisso permanente” (Adriano Lima/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 1 de novembro de 2025 às 07h29.

Última atualização em 1 de novembro de 2025 às 09h56.

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O mercado de trabalho brasileiro vive uma das maiores transformações das últimas décadas — e a principal delas é de mentalidade. Empregado não é dono do emprego, mas da própria carreira. É com essa provocação que o executivo e especialista em liderança, Adriano Lima, abrirá o 2º Career Summit, que será realizado no dia 24 de novembro, na sede da EXAME, em São Paulo.

O ex-CHRO de companhias como Minerva Foods, Mastercard e Itaú, reuniu no evento lideranças de diferentes setores para discutir o futuro do trabalho e o papel do profissional na construção de trajetórias sustentáveis e relevantes.

“Carreira não é só qualificação técnica. É visão, posicionamento, reputação e, principalmente, execução. Empresas podem mudar de direção a qualquer momento — o futuro profissional precisa ser construído por conta própria”, afirma o executivo à EXAME.

A urgência de se mover

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 78% das empresas brasileiras têm dificuldade em encontrar profissionais com as competências necessárias para o futuro. A McKinsey projeta que 40% das profissões sofrerão transformações significativas nos próximos anos. E, para o Fórum Econômico Mundial, as habilidades humanas — como liderança, comunicação e tomada de decisão — serão o diferencial competitivo até 2030.

Essas mudanças exigem do profissional uma postura ativa. “Enquanto alguns esperam ser promovidos, outros se promovem pelo preparo”, diz Lima.

Uma visão multidisciplinar da carreira

O Career Summit abordará a carreira de forma integral, unindo aspectos emocionais, mentais, físicos, sociais, espirituais, financeiros e familiares. Essa abordagem reflete uma realidade: o crescimento profissional está cada vez mais conectado ao bem-estar e à capacidade de adaptação.

“A verdade é dura, mas libertadora: seu emprego é alugado, sua carreira é proprietária”, diz Lima, que reunirá no evento profissionais e empreendedores interessados em compreender o novo papel do indivíduo nas organizações.

Líderes que inspiram movimento

O palco da segunda edição contará com nomes de peso do ecossistema corporativo e de inovação: Sofia Esteves (conselheira de empresas e fundadora do Grupo Cia de Talentos), Fátima Pissarra (CEO da Mynd), Arthur Freitas (CEO do iFood Benefícios), Felipe Azevedo (CEO da LG Lugar de Gente), Mariana Dias (cofundadora da Gupy), Cristina Palmaka (conselheira de empresas) e Ricardo Guerra (CEO da Wellhub).

As discussões passarão por temas como empregabilidade, marca pessoal, cultura organizacional, tecnologia, liderança e o desenvolvimento de competências humanas em um contexto de transição acelerada.

O protagonismo como diferencial

Para Lima, o profissional do futuro não pode esperar que a empresa cuide da sua carreira. Ele precisa assumir o volante, investindo em aprendizado contínuo, adaptabilidade e autogestão.

“Tem gente que confunde crachá com identidade. Mas o emprego é um contrato temporário; a carreira é um compromisso permanente”, afirma.

Num cenário em que a média de permanência em um cargo é de apenas 3,8 anos, segundo dados do LinkedIn (2024), o grande risco não é ser demitido - é parar de evoluir enquanto se está empregado.

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