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O futuro do jornalismo na Era dividida

Em painel no SXSW de Londres, quatro jornalistas de grandes veículos discutem como combater a desinformação e preservar a confiança na mídia em um mundo polarizado, complexo e repleto de crises

Jornalismo; jornalista (Xavier Lorenzo/Getty Images)

Jornalismo; jornalista (Xavier Lorenzo/Getty Images)

Oficina Consultoria
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Autor colaborador

Publicado em 24 de junho de 2025 às 08h00.

A dinâmica do preconceito e da reportagem imparcial na Era dividida foi um painel relevante no SXSW em Londres.

Foi uma discussão rica, sem temores e com assertividade. Marca um início estimulante para um debate tão necessário e urgente como a adoção de medidas para combater a mudança climática.

Quatro jornalistas - Guardian (Anna Bateson), Bloomberg (Francine Lacqua), NPR (Katherine Maher) e The News Movement (Rebecca Hutson) - abordaram os temas de forma franca e direcionaram insights de valor.

É uma Era dividida, polarizada, com multicrises e complexa. Discutir a mídia no Mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) não é tarefa fácil. Ninguém tem modelos infalíveis, caminhos ou receita. Mas todos querem e precisam encontrar a solução para combater a desinformação que ameaça democracias.

Highligths:

- Reportagens imparciais são “notícias confiáveis ​​e factuais, trata-se de criar o espaço para a pluralidade de pontos de vista. Significa criar um ambiente importante onde pode haver pluralidade suficiente de perspectivas. E, crucialmente, o público consegue navegar por questões bastante complexas por meio disso. Acho que é o oposto de simplicidade, na verdade, ser capaz de manter esse tipo de diversidade de perspectivas”. (Anna Bateson)

- É mais importante ser digno da confiança das pessoas do que presumi-la.

- O objetivo é contar histórias de maneira que deixem claro seu impacto sobre indivíduos e cidadãos, permitindo que as pessoas reconheçam a legitimidade de diferentes perspectivas.

- A jornalista da NPR, Kathetine Mayer, relatou que o governo Trump usa pressão política para investigar outras organizações de mídia por seus compromissos com o DEl.

- Anna Bateson enfatizou a importância de defender organizações de notícias independentes e confiáveis ​​e as implicações para o funcionamento democrático.

- Francine Lacqua, da Bloomberg, defendeu a necessidade de as redações serem mais diversas e inclusivas, independentemente das pressões políticas.

- As quatro jornalistas destacaram a importância de se unirem e apoiarem mutuamente na luta pela independência.

 

* Miriam Moura, jornalista, curadora de conteúdo e Consultora Associada da Oficina Consultoria.

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