Rogério Chér, especialista em cultura e engajamento de empresas: “Enquanto outros aspectos, como tecnologia e processos, podem ser facilmente copiados, a cultura é única e intrinsecamente ligada à identidade de cada organização” (Eduardo Frazão/Exame/Divulgação)
Repórter
Publicado em 2 de agosto de 2025 às 13h08.
"Onde houver uma cultura forte e saudável, haverá bom resultado. Cultura forte é uma cultura definida e conhecida por todos. Cultura saudável é aquela que inspira”, diz Rogério Chér, especialista em cultura e engajamento de empresas, durante o “Clube CHRO”, evento realizado pela EXAME para C-Levels de RH.
O Clube CHRO acontece em São Paulo desde julho de 2023 e reúne profissionais de destaque para discutir tendências e práticas no ambiente corporativo. Neste mês, o encontro foi realizado no restaurante Cantaloup, em São Paulo, e contou Camila Securato, mediadora da conversa, e com Chér, especialista com mais de 30 anos de RH, como palestrante para trazer ideias e provocações para profissionais que lidam com os desafios de contratações, desligamentos e promoções todos os dias.
Neste ano, o clube CHRO de São Paulo conta com patrocínio da Alelo. Veja alguns temas que foram discutidos no encontro e as empresas que participaram.
No cenário corporativo atual, a cultura organizacional tem se consolidado como um dos últimos diferenciais competitivos que não podem ser replicados. Para Chér, é a cultura que verdadeiramente distingue as empresas no mercado.
“Enquanto outros aspectos, como tecnologia e processos, podem ser facilmente copiados, a cultura é única e intrinsecamente ligada à identidade de cada organização”, afirma.
No entanto, ele destaca que a cultura não deve ser um conceito aspiracional distante da realidade organizacional. “Para ser eficaz, ela precisa ser prática, conectada à estratégia da empresa e constantemente reforçada pela liderança. Quando a cultura gera incoerência, ela desengaja”, diz Chér.
Para uma empresa ter uma cultura forte e saudável, Chér apresenta um modelo baseado em 4 etapas:
O desafio de conciliar cultura e resultados
Empresas que não tratam a cultura como uma prioridade estratégica estão fadadas a falhar em termos de engajamento e retenção de talentos, diz Chér.
“As empresas que tratam a cultura como uma prática reativa, ou apenas como uma resposta a crises, têm um turnover 7 vezes maior do que aquelas que a gerenciam de maneira proativa”, afirma.
Chér também destaca que, além de fortalecer o engajamento interno, uma cultura bem definida pode impulsionar a inovação. Empresas que têm uma cultura de disrupção e inovação, como a Embraer X, por exemplo, se destacam pela capacidade de criar novos produtos e serviços que atendem a um mercado em constante mudança.
"As empresas que governam ativamente a cultura têm ações na bolsa crescendo acima da média de sua indústria por 50 anos”, diz Chér.
Em um momento em que as empresas estão pressionadas a entregar resultados financeiros, Chér acredita que uma cultura bem estruturada pode ser um grande aliado para alcançar altos índices de desempenho.
“O engajamento que nasce de uma cultura eficaz gera resultados consistentes e sustentáveis. A cultura precisa ser parte da estratégia, não apenas uma filosofia desconectada da realidade da empresa”, diz Chér.
O evento contou com a presença de nomes de peso no cenário corporativo brasileiro, com representantes de empresas como: