Inscrições abertas: as candidatas à premiação podem se inscrever até o fim de fevereiro (dia 27), mês em que se comemora o Dia das Meninas e Mulheres nas Ciências (Getty Images/Divulgação)
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Publicado em 4 de setembro de 2025 às 10h06.
Nas universidades estaduais do Paraná, as mulheres não apenas ocupam cadeiras nas salas de aula, como também conduzem pesquisas, lideram projetos e transformam a ciência regional.
Em um cenário que historicamente priorizou homens, elas são agora a maioria entre estudantes e professoras, além de conquistarem espaço nas instâncias de liderança acadêmica.
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Das 7.528 docentes das universidades estaduais do Paraná, 3.833 são mulheres, o equivalente a 51%. Entre os alunos matriculados nos cursos de graduação, elas representam 59%: são 38.497 estudantes em um total de 64.864.
Em diversas instituições, como a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), a participação feminina também ultrapassa a metade entre os coordenadores de projetos de pesquisa.
Na UEM, por exemplo, 828 mulheres estão à frente de grupos de pesquisa, o que representa 52% dos 1.584 docentes com essa função. Na Unicentro, o índice é de 51% entre os 493 professores que desenvolvem projetos.
O protagonismo feminino também é expressivo na iniciação científica. Na UEM, elas representam 63% dos estudantes de pesquisa; na Unicentro, a mesma proporção se repete.
Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), 67% dos alunos envolvidos em iniciação científica são mulheres. E a tendência se confirma na pós-graduação, em que 61% dos estudantes da UEL e 62% da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) são mulheres em cursos de mestrado e doutorado.
Esse avanço mostra que a atuação feminina não se limita à graduação, elas avançam em direção à produção de conhecimento e à formação de alto nível, espaços historicamente ocupados majoritariamente por homens.
O impacto da liderança feminina também é visível fora dos laboratórios. Um exemplo é o projeto Couro de Peixe, coordenado pela professora Kátia Kalko Schwarz, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
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Criado em 2008, o programa transforma a pele de peixe em artesanato e gera renda para mulheres.
O sucesso da iniciativa levou a pesquisadora a ser convidada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) para implantar o projeto em Cabo Verde, na África.
Outro destaque vai para pesquisadoras da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), como Jasmine Cardozo Moreira (Turismo) e Ana Lúcia Pereira (Matemática), que foram contempladas com bolsas-produtividade da Fundação Araucária, por sua atuação em projetos nas áreas de educação ambiental e inclusiva.
O Na Prática nasceu como uma plataforma educacional criada para impulsionar a carreira de jovens, do estágio à liderança, complementando o ensino universitário com uma formação voltada para o mercado de trabalho.
Pensando nesse propósito, a instituição criou o Prêmio Na Prática Protagonismo Universitário. Com cinco ganhadores, um de cada estado, ele é o primeiro reconhecimento nacional com recorte regional focado exclusivamente em estudantes de alto desempenho prático e acadêmico.