Casual

15 mostras de arte que estreiam em São Paulo além da Bienal

A partir de amanhã, 27, em São Paulo, começa a quarta edição da feira SP-Arte Rotas, com 65 expositores

Sesc Pompeia: exposição "O Poder de Minhas Mãos", uma coletiva que reúne obras de 25 mulheres artistas (Grace Ndiritu/Divulgação)

Sesc Pompeia: exposição "O Poder de Minhas Mãos", uma coletiva que reúne obras de 25 mulheres artistas (Grace Ndiritu/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 26 de agosto de 2025 às 14h20.

O mercado de arte está com uma agenda cheia para o último quadrimestre do ano. A partir de amanhã, 27, em São Paulo, começa a quarta edição da feira SP-Arte Rotas, com 65 expositores, entre galerias, museus e projetos especiais, de 12 estados do país, além de representantes internacionais da Argentina e da Amazônia Peruana. Já a partir de 6 de setembro, a Bienal do Ibirapuera recebe a 36ª Bienal de São Paulo, intitulada Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática, com patrocínio da Rolex. Além destas, confira outras 15 mostras que acontecem na cidade nas próximas semanas e meses.

Masp

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta Histórias da ecologia. A coletiva internacional ocupa todos os espaços expositivos do Edifício Pietro Maria Bardi e reúne mais de 200 obras de artistas, ativistas e movimentos sociais de 22 países, como Colômbia, Islândia, Japão, Nova Zelândia, Peru e Turquia. A exposição investiga a ecologia como uma rede de relações entre seres vivos e o mundo que habitam, colocando em diálogo trabalhos de comunidades, territórios e ecossistemas de diferentes locais ou períodos.

A exposição é dividida em cinco núcleos temáticos que seguem uma ordem linear: Teia da vida; Geografias do tempo; Vir-a-ser; Territórios, migrações e fronteiras; e Habitar o clima.

Masp: obra de Rosana Paulino, Tentativa de criar asas, do Caderno de possibilidades de voo (reais ou imaginárias) ou Caderno de figuras aladas, série tentativas de criar asas, em cartaz na mostra Histórias da Ecologia (Masp/Divulgação)

A mostra faz parte de uma série de projetos em torno da noção plural de “Histórias”, palavra que engloba ficção e não ficção, relatos pessoais e políticos, narrativas privadas e públicas, possuindo um caráter especulativo, plural e polifônico. Essas histórias têm uma qualidade processual aberta, em oposição ao caráter mais monolítico e definitivo das narrativas históricas tradicionais.

Serviço: Histórias da ecologia. De 4 de setembro a 1º de fevereiro de 2026. Edifício Pietro Maria Bardi, MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo. Telefone: (11) 3149-5959. Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta e quinta das 10h às 18h (entrada até as 17h); sexta das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30); sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas. Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada)

Caixa Cultural

A exposição itinerante World Press Photo 2025, apresenta os vencedores do 68º Concurso Anual. Este ano, a mostra de fotojornalismo traz 42 projetos vencedores que refletem os temas mais urgentes da atualidade: política, gênero, migração, conflitos armados e a crise climática, reunindo histórias captadas por fotógrafos de 31 países.

Entre os premiados, estão três profissionais brasileiros: Amanda Perobelli, André Coelho e Anselmo Cunha. O Brasil também ganhou protagonismo na lente de profissionais internacionais, o mexicano Musuk Nolte com imagens da seca na Amazônia e Jerome Brouillet com a foto do atleta olímpico Gabriel Medina.

Caixa Cultural: fotos vencedoras do 68º World Press Photo (Temiloluwa Johnson/Divulgação)

Em 2025, as imagens documentam desde protestos e levantes em países como Quênia, Myanmar, Haiti, El Salvador e Geórgia, até retratos inesperados de figuras políticas nos Estados Unidos e na Alemanha. Também revelam histórias comoventes de jovens ao redor do mundo – como um homem trans de 21 anos nos Países Baixos, uma jovem ucraniana traumatizada pela guerra e a foto do ano que mostra uma criança palestina vivendo com amputações após bombardeios em Gaza, captada por uma fotógrafa da mesma nacionalidade.

Serviço: Exposição: World Press Photo 2025. Local: CAIXA Cultural São Paulo. Até 28 de setembro de 2025. Endereço: Praça da Sé, 111 - Centro – Próximo à estação Sé do Metrô. Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 8h às 19h

Instituto Tomie Ohtake

O Instituto Tomie Ohtake apresenta a exposição A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant. Concebida como um museu em movimento e dedicada à obra e ao pensamento do poeta, filósofo e ensaísta martinicano Édouard Glissant (1928–2011), a exposição integra a Temporada França-Brasil 2025 como um de seus principais destaques.

Instituto Tomie Ohtake: Flávio Freire Sheila Hicks, Batôns de parole (Instituto Tomie Ohtake/Divulgação)

Com seu título inspirado na antologia poética La Terre, le feu, l’eau et les vents (2010), organizada pelo escritor martinicano. Ainda que Glissant tenha deixado fragmentos de sua visão para um museu do século 21, não chegou a concretizá-lo. Como apontam em texto, “No primeiro caso, o território infiltra-se na fala; no segundo, a linguagem se projeta no espaço, convertendo signos, letras e códigos em relevo, clima ou correnteza”. Para o poeta, a paisagem não é apenas cenário externo, mas força ativa que molda memórias, gestos e linguagens.

Serviço: Instituto Tomie Ohtake. Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropé, 88) – Pinheiros. A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant. Curadoria: Ana Roman e Paulo Miyada. Em cartaz de 03 de setembro de 2025 a 25 de janeiro de 2026. De terça a domingo, das 11h às 19h, última entrada até 18h. Entrada franca.

Pinacoteca

A Pinacoteca de São Paulo anuncia um programa anual de residência artística em parceria com a Chanel. A iniciativa estreia com a aclamada artista visual Juliana dos Santos (1987, São Paulo, Brasil), cujo trabalho inovador estabelece pontes entre arte e educação. Sua primeira exposição individual em uma instituição, intitulada Temporã, está em exposição na Galeria Praça, localizada no edifício da Pina Contemporânea.

A prática artística de Juliana dos Santos é marcada pela pesquisa do pigmento azul extraído da flor Clitoria ternatea, que a artista utiliza como lente poética para explorar a cor como experiência sensorial. Sua pesquisa transita entre arte, história e educação, com foco especial nas estratégias desenvolvidas por artistas negras para transpor os limites tradicionais da representação.

Para sua exposição na Pinacoteca, dos Santos amplia sua investigação a outros pigmentos naturais, como a catuaba, a erva-mate e o pau-brasil, criando pinturas vibrantes e fluidas que convidam o público a experimentar a cor de maneira renovada.

Serviço: Pinacoteca de São Paulo. De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h). Gratuitos aos sábados, R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios - válido somente para o dia marcado no ingresso. 2º domingo do mês gratuito

Pinacoteca no JK Iguatemi

A Pinacoteca de São Paulo também se junta ao shopping JK Iguatemi, para mais uma edição do projeto Pina no JK, com exibição das obras Irruption (2010), de Regina Silveira, e On Ice (1978) impressa em 2015, de Vera Chaves Barcellos, ambos pertencentes à coleção do museu. As obras ficam expostas no Piso 1 e 2 do shopping, localizado na Vila Olímpia.

Em Irruption, de Regina Silveira, pegadas humanas surgem espalhadas pelo espaço, como sinais de uma movimentação apressada e sem rumo. Elas sugerem uma tentativa de fuga, uma busca por saída ou talvez por respostas. O vazio ao redor dessas marcas cria uma sensação de mistério — como se algo tivesse acontecido ali, mas restassem apenas os vestígios.

Já a série On Ice, trata de um corpo caminhante: andando pelas ruas de Amsterdam, Vera Chaves Barcellos, Flávio Pons e Cláudio Goulart encontraram plásticos prateados em formato quadrado, lados arredondados e um furo no meio.

Presentes no acervo da Pinacoteca de São Paulo, essas obras apresentam alguns caminhos da instalação e da fotografia na contemporaneidade.

Serviço: JK Iguatemi. Até 13 de outubro. Horário de funcionamento: Segunda-feira à sábado das 10h às 22h e Domingo das 11h às 22h. Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 - Vila Olímpia, São Paulo

Sesc Pompeia

O Sesc Pompeia abre ao público a exposição O Poder de Minhas Mãos, uma coletiva que reúne obras de 25 mulheres artistas do Brasil, da França, de países do continente africano e da diáspora africana. A exposição, que ficará aberta para visitação até 18 de janeiro de 2026, integra a programação da Temporada França-Brasil 2025, iniciativa bilateral que celebra o intercâmbio cultural, o diálogo social e a cooperação entre os dois países.

Com curadoria de Odile Burluraux, do Museu de Arte Moderna de Paris, Suzana Sousa, curadora independente angolana, e de Aline Albuquerque, artista visual e curadora com atuação em Fortaleza (CE), a exposição propõe um mergulho sensível em obras que se debruçam sobre os percursos singulares de mulheres artistas e suas práticas de autorrepresentação, resistência, memória e invenção de mundos.

Serviço: Poder de Minhas Mãos. Visitação até 18 de janeiro de 2026. Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93. Água Branca - São Paulo. De terça a sexta-feira, das 10h às 21h. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h

Almeida & Dale

A galeria Almeida & Dale inaugura três exposições em seus espaços da Rua Fradique Coutinho. A programação reúne nomes centrais da arte brasileira e internacional, reafirmando a galeria como um polo de referência no circuito cultural.

Horizonte Dourado, individual de Ana Elisa Egreja com curadoria de Lilia Schwarcz, apresenta uma série inédita de pinturas de pratos Duralex em composições com peças de jogos americanos, expandindo a investigação da artista sobre os objetos do ambiente doméstico e suas reverberações históricas e afetivas por meio de virtuosas representações de alimentos e dos efeitos do vidro. A mostra reúne, ainda, um conjunto de pinturas com aplicações de folha de ouro, criando diálogos entre a produção da artista e a representação pictórica na história da arte, mais especificamente a do período medieval. São naturezas-mortas e grandes cenas de interior nas quais motivos do cânone artístico e da cultura popular brasileira se misturam.

Almeida & Dale: "Horizonte Dourado", individual de Ana Elisa Egreja com curadoria de Lilia Schwarcz (Almeida & Dale/Divulgação)

Outra individual ocupa o endereço da galeria é Este Norte 2025, de Emmanuel Nassar, que revisita quatro décadas da produção do artista paraense. Com texto crítico de Victor Gorgulho, a mostra apresenta obras criadas desde a década de 1980 até trabalhos inéditos, traçando um panorama da produção de Nassar. São pinturas, objetos e peças da série Trapioca que representam o vocabulário visual construído pelo artista ao longo de quatro décadas.

Já no espaço ao lado, a galeria abre a coletiva The Fabric of Being, com curadoria de Larry Ossei-Mensah, reunindo trabalhos de Antonio Társis, Brooklin Soumahoro, Esther Mahlangu, Lidia Lisbôa, Moffat Takadiwa, Rubem Valentim, Sarah Zapata, Sidney Amaral e Sonia Gomes — artistas situados no Brasil, África do Sul, Zimbábue, Inglaterra e Estados Unidos.

Serviço: Ana Elisa Egreja: Horizonte dourado. Curadoria de Lilia Schwarcz. De 30 de agosto a 25 de outubro de 2025. Emmanuel Nassar: Este Norte 2025. De 30 de agosto a 11 de outubro. The Fabric of Being. Curadoria de Larry Ossei-Mensah. De 30 de agosto a 4 de outubro. R. Fradique Coutinho, 1360, São Paulo. Entrada gratuita

Simões de Assis

A galeria Simões de Assis apresenta a partir de 30 de agosto duas novas exposições. No térreo, será inaugurada a exposição coletiva É pela linha que se desenha: geometrias latino-americanas, com foco em produções latino-americanas e, no andar superior, Noctiluca, individual de Mika Takahashi, nova artista representada pela galeria.

A coletiva reúne nomes de diferentes gerações e contextos — Ana Teresa Barbosa, Carmelo Arden Quin, Eduardo Terrazas, Eamon Ore-Giron, Mano Penalva, Maria Leontina e Olga de Amaral — e aborda temas como pertencimento, migração, práticas artesanais e tensões entre tradição e modernidade. Mas em comum, esses artistas compartilham uma crença profunda na capacidade da arte de imaginar e representar diferentes ideias e modelos de mundo.

Simões de Assis:
Eduardo Terrazas, 28.59, série "Cosmic Variations", 2023 (Ramiro Chaves/Divulgação)

As obras da mostra percorrem linguagens variadas como pintura, escultura, tapeçaria e outros suportes têxteis, mosaicos e móbiles, explorando escalas que oscilam entre o micro e o macro por meio de abordagens que conectam o terreno ao cósmico, o íntimo à memória coletiva, a tradição à experimentação.

Serviço: exposições: “É pela linha que se desenha: geometrias latino-americanas” e “Noctiluca”, individual de Mika Takahashi. Abertura: 30 de agosto de 2025, sábado, das 12h às 16h. Período de visitação: 30 de agosto a 11 de outubro de 2025. Galeria Simões de Assis | Alameda Lorena, nº 2050 - Jardins, São Paulo. Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 15h

Galeria Paulo Kuczynski

A galeria Paulo Kuczynski apresenta as obras do renomado artista do modernismo europeu, o italiano-alemão Ernesto de Fiori. A exposição De Fiori: Um artista no exílio tem cerca de 35 obras, entre pinturas, esculturas e desenhos dentre as mais significativas realizadas durante o período em que o artista viveu no Brasil.

Ernesto de Fiori elevou sua voz contra os horrores da guerra. Se engajou na Primeira Guerra Mundial, em 1915, e atuou como correspondente de um jornal italiano. Com a expansão do nazifascismo ao longo das décadas de 1920 e 1930, atingindo seu auge no Reich Alemão, o artista repudia veementemente o regime e, em 1936, é obrigado a abandonar a Alemanha Nazista, e se refugia no Brasil, com intenção de seguir para os Estados Unidos. Mas acabou permanecendo em terras brasileiras até sua morte, em 1945, período em que concentrou sua produção artística mais na pintura do que na escultura. Em suas obras, destacam-se contrastes criados por técnicas variadas, como pinceladas rápidas ou diluídas em solvente, e o uso de instrumentos dentados, entre outras.

Exposição: De Fiori: Um artista no exílio. Local: Galeria Paulo Kuczynski. Endereço: Alameda Lorena, 1661. Até 4 de outubro. Horários de visitação: Segunda a sexta: das 10h às 18h. Sábados: das 11h às 15h 

Fortes D’Aloia & Gabriel

A exposição Tableau, de Valeska Soares, na galeria Fortes D’Aloia & Gabriel, apresenta obras novas e recentes que exploram temas como ausência, presenças fantasmagóricas, impermanência e erotismo. O título faz alusão à dimensão narrativa do trabalho de Soares, em que cada obra funciona como um fragmento de uma trama maior.

A mostra é composta por três núcleos. Na série Blindface, Soares utiliza imagens descartadas de nus femininos, montando-as de verso para frente sobre chassis e cortando a tela para revelar fragmentos de paisagens e corpos. Na instalação calling (2025), um sino de bronze fundido no formato de uma maçã está suspenso sobre uma grande mesa de madeira. Um mecanismo oculto põe o sino em movimento em intervalos irregulares, produzindo um tilintar suave que rompe brevemente o silêncio.

Já em Upside-down (2024), um vaso de bronze é invertido, equilibrando-se sobre suas flores e folhas, subvertendo um objeto decorativo familiar e transformando-o em uma estrutura que resiste ao uso para o qual foi concebida. Em conjunto, as obras da exposição apontam para deslocamentos sutis na forma como percebemos o trabalho, a memória e a presença no espaço doméstico.

Na mesma data, a galeria inaugura a exposição Onda Avalanche Vulcão, uma série de fotografias colaborativa de Mauro Restiffe e Maria Manoella. Este novo conjunto de obras apresenta uma exploração sensível da relação entre o corpo humano e a paisagem natural. A série reúne retratos íntimos e eróticos junto a fotografias dos vastos ambientes percorridos pelos artistas, registrando o desejo e o tempo como elementos centrais da criação de imagens.

Fortes D’Aloia & Gabriel: "Onda Avalanche Vulcão", uma série de fotografias colaborativa de Mauro Restiffe e Maria Manoella (Fortes D’Aloia & Gabriel/Divulgação)

Serviço: Valeska Soares, Tableau e Onda Avalanche Vulcão. Abertura: 30 de agosto das 17h às 21h. Período da exposição: de 30 de agosto a 18 de outubro. Horários: Terça a sexta-feira das 10h às 19h. Sábado das 10h às 18h. Rua James Holland 71, Barra Funda, São Paulo

Auroras

A exposição Harmony Hammond & Ivens Machado propõe um diálogo entre a obra de Ivens Machado (1942–2015), figura central da arte brasileira dos anos 1970, 80 e 90, e Harmony Hammond (1944), artista estadunidense pioneira do movimento feminista queer nos Estados Unidos.

Auroras: exposição Harmony Hammond & Ivens Machado (Ivens Machado/Divulgação)

As obras reunidas – esculturas, pinturas, relevos e fotografias produzidas entre 1973 e 2020 – desafiam categorias formais e empregam elementos “precários”, como concreto, ferro, cordas, gaze e cera. Essas construções evidenciam a fisicalidade da matéria por meio de procedimentos incisivos, evocando a violência como operação tanto conceitual quanto visual. Enquanto Machado explora o corpo como território de tensões biológicas e materiais, Hammond atua na fricção entre processos visuais e militância política. Ambos abordam a vulnerabilidade do corpo humano e a instabilidade material, criando obras de aspectos ambíguos, entre a ferida e o curativo, a ruína e a construção.

Serviço: Harmony Hammond & Ivens Machado. Abertura: 31 de agosto, das 12h às 17h. Período da exposição: 31 de agosto a 22 de dezembro. Horários de visitação: Aberto aos sábados das 11h às 18h | Durante a semana com agendamento. Entrada gratuita. Endereço: auroras – Av. São Valério, 426, São Paulo, Brazil

Casa Seva

A Casa Seva apresenta a exposição Eclosão de Desejos, individual da artista Lívia Moura VAV, realizada em parceria com a Galeria Inox. A mostra reúne pinturas, bordados e experimentações materiais criadas a partir de pigmentos naturais colhidos pela própria artista e lãs processadas por mulheres da Cooperativa da Lã Mulheres Rurais da Montanha.

O trabalho de Lívia inclui pigmentos extraídos de flores, terras e rochas, transformados em cores intensas, rosadas, avermelhadas, terrosas, que ganham novas camadas com bordados e fibras produzidas coletivamente.

Serviço: Lívia Moura VAV: Eclosão de Desejos. Local: Al. Lorena, 1257 - Casa 1. Período de visitação: 21 de agosto a 11 de outubro de 2025. Terça a Sexta, das 11h às 18h. Sábado, das 11h às 15h. Entrada gratuita

Acompanhe tudo sobre:ExposiçõesMuseusMaspArteCultura

Mais de Casual

Frida Kahlo e Diego Rivera inspiram coleção de relógios da Bvlgari; veja fotos

'Ilha Feliz' no Caribe quase dobra número de turistas brasileiros: o segredo por trás dessa ascensão

EXAME lança hub de conteúdo sobre bem-estar e reforça cobertura de inovação em saúde e performance

Conheça os cruzeiros de luxo que vão percorrer os rios da Amazônia