Bola oficial da Copa do Mundo Catar 2022 (Leandro Fonseca/Exame)
Redatora
Publicado em 12 de outubro de 2025 às 11h25.
Desde a criação da Copa do Mundo, em 1930 — que já soma 22 edições —, a Adidas só não foi responsável pela produção da bola em oito campeonatos. A partir de 1970, a empresa alemã assumiu a tarefa de desenhar o ícone que, antes, era escolhido pelos países-sede da competição.
A bola da Copa do Mundo é muito mais do que o principal objeto do esporte: ela também gera expectativa pelo design que representa os países anfitriões. Além da estética, o item precisa entregar tecnologias que aprimorem o desempenho em campo. Há 55 anos, a Adidas vem aperfeiçoando os materiais usados na esfera.
A Telstar, em 1970, no México, foi a primeira bola produzida pela marca alemã. Com design preto e branco em pentágonos e hexágonos, o nome remete a “television star” (“estrela da televisão”), já que o contraste ajudava na imagem das transmissões. Em seguida, veio a Telstar Durlast, da edição de 1974, na Alemanha, com revestimento de poliuretano e maior resistência à água.
Em 1978, a Argentina contou com a Tango Durlast, cujo design icônico inspirou edições até 1998. Feita de couro, apresentava tríades curvas que formavam 12 círculos. Em 1982, a Tango España trouxe melhorias na resistência à água e foi a última bola de couro usada na competição.
A Azteca, de 1986, no México, foi a primeira fabricada com materiais sintéticos, o que aumentou a durabilidade e reduziu a absorção de água. Em 1990, a Etrusco Unico, bola da Itália, ganhou espuma interna de poliuretano. Já a Questra, ícone da edição dos Estados Unidos em 1994, foi inspirada na missão Apollo 11, que levou o homem à Lua, e recebeu uma camada de espuma de poliestireno para melhorar a velocidade.
A França apresentou a Tricolore, em 1998, a primeira bola colorida da Copa. Com as cores da bandeira francesa, o modelo incorporou uma camada de espuma sintática. Em 2002, ano do pentacampeonato brasileiro, a Fevernova, usada no Japão e na Coreia do Sul, também recebeu espuma sintática, o que aumentou a precisão e estabilidade.
A Teamgeist foi a escolhida para 2006, na Alemanha. Diferente dos modelos anteriores, com 32 painéis, ela foi projetada com apenas 14. Em 2010, a Jabulani, da África do Sul, trouxe oito painéis termosselados, aprimorando estabilidade e precisão.
A Brazuca, bola da edição de 2014, no Brasil, tinha seis painéis e foi a primeira a ter conta própria no X (antigo Twitter). Em 2018, na Rússia, a Telstar 18 homenageou a primeira bola criada pela Adidas, com seis painéis de poliuretano reciclável e pentágonos pretos.
A Al Rihla, do Catar, em 2022, destacou-se por sua campanha voltada à equidade social. Até então, foi a bola mais rápida da história das Copas, graças à construção feita inteiramente com colas e tintas à base de água.
Para 2026, a Trionda representa Canadá, Estados Unidos e México, trazendo as cores dos três países. O diferencial do projeto está nos ícones em relevo, que prometem melhorar a aderência no gramado, além da tecnologia Connected Ball, que registra toques e transmite dados em tempo real.
Pela primeira vez, a Copa do Mundo da FIFA será disputada em três países. A competição mais popular do planeta começa em 11 de junho e termina em 19 de julho de 2026. Com 48 seleções — incluindo o Brasil, presente em todas as edições —, o torneio contará com nove rodadas.
Calendário oficial:
Jogo de abertura: 11 de junho de 2026
Primeira rodada: 11 a 17 de junho
Segunda rodada: 18 a 23 de junho
Terceira rodada: 24 a 27 de junho
32-avos de final: 28 de junho a 3 de julho
Oitavas de final: 4 a 7 de julho
Quartas de final: 8 a 11 de julho
Semifinais: 14 e 15 de julho
Disputa do terceiro lugar: 18 de julho
Final: 19 de julho