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A gastronomia amazônica que o chef Thiago Castanho que mostrar ao mundo na COP30 em Belém

Além de seu disputado restaurante Sororoca, em São Paulo, Castanho decidiu abrir o Puba, bar localizado no coração da Cidade Velha de Belém

Thiago Castanho: chef estuda a gastronomia amazônica há anos. (Lais Teixeira/Divulgação)

Thiago Castanho: chef estuda a gastronomia amazônica há anos. (Lais Teixeira/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 14 de julho de 2025 às 06h01.

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Em novembro deste ano, todos os olhos estarão voltados para Belém, no Pará, durante a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30). Nesse momento, os maiores líderes globais se reunirão para discutir o futuro do planeta. Aproveitando esse holofote, um dos principais objetivos do chef Thiago Castanho é mostrar a gastronomia amazônica, algo que ele vem fazendo há anos, desde o tempo em que comandava o extinto Remanso do Bosque.

Além de seu disputado restaurante Sororoca, em São Paulo, Castanho decidiu, junto ao sócio e amigo Gustavo Rodrigues e ao diretor de fotografia Thiago Pelaes, abrir, no início deste ano, o Puba. Localizado no coração da Cidade Velha, bairro que guarda parte da memória dos 409 anos de Belém, o bar/restaurante ocupa um casarão histórico de 1916. Mas não é só a arquitetura histórica que o estabelecimento valoriza; a gastronomia também é uma grande protagonista.

"Quando falam da Amazônia, mencionam muito os peixes e as frutas. Mas um dos ingredientes mais importantes é a mandioca", afirma o chef Thiago Castanho.

Esse ingrediente está presente em todo o cardápio do Puba, sendo o fio condutor da história gastronômica que se desenrola no local, que tem 80 metros quadrados e capacidade para 38 pessoas sentadas. O nome do restaurante também faz referência ao ingrediente: Puba é o produto derivado da mandioca fermentada, uma massa usada na produção de bolos e biscoitos.

Cardápio do Puba

Os pratos do restaurante também trazem influências das viagens de Thiago pelo mundo, mostrando como a gastronomia tem uma grande sinergia. Um exemplo disso é o bao de maniçoba, um clássico asiático com alma paraense.

Bao de maniçoba: prato do Puba bar. (Thiago Pelaes/Divulgação)

O pão, recheado com maniçoba — um prato típico amazônico cozido lenta e profundamente —, é preparado no estilo asiático: o recheio de maniçoba, depois de esfriar, é misturado com carne de porco e colocado dentro do pão, que é então cozido no vapor. Após o cozimento, o bao é regado com chilli oil e salpicado com farinha d'água de Bragança.

Até mesmo a sobremesa traz a mandioca, com um bolo de macaxeira leve, acompanhado de bacuri fresco, creme inglês de chocolate branco e farinha de tapioca caramelizada, tipo pipoca. O doce combina dois subprodutos da mandioca, criando uma sobremesa refrescante, cremosa e sem exagero no açúcar.

O ticket médio do restaurante varia de R$ 50 a R$ 300. "A ideia é que o Puba seja mais descontraído, menos pretensioso do que um restaurante", explica o chef.

A carta de vinhos do Puba é assinada pelas sommelières Daniela Bravin e Cássia Campos. Com trajetórias próprias, as paulistas trabalham juntas desde 2015. Hoje, comandam a Sede261, um bar de vinhos em Pinheiros, onde oferecem rótulos diferenciados e uma experiência única.

Serviço: Rua Veiga Cabral, 649, Belém. Abre de terça a sábado das 19h às 23h30. Reservas: apenas para o primeiro horário, às 19h, mas também recebe clientes por ordem de chegada, conforme a disponibilidade de mesas.

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