Casual

Acusado de abuso, Weinstein diz que foi consumido por "busca pelo sucesso"

O produtor de cinema começará a ser julgado por abuso sexual nesta segunda-feira

Harvey Weinstein: produtor foi acusado por centenas de mulheres de cometer abuso e assédio sexual por décadas (Jefferson Siegel/Pool/Reuters)

Harvey Weinstein: produtor foi acusado por centenas de mulheres de cometer abuso e assédio sexual por décadas (Jefferson Siegel/Pool/Reuters)

E

EFE

Publicado em 5 de janeiro de 2020 às 14h41.

Nova York - O produtor de cinema Harvey Weinstein, que começará a ser julgado por abuso sexual nesta segunda-feira, afirmou que os últimos dois anos de sua vida foram "extenuantes", reconheceu que estava "consumido" pela "busca por sucesso" e desejou reconstruir sua carreira se for inocentado.

A emissora "CNN" publicou neste sábado respostas de Weinstein a uma série de perguntas enviadas por e-mail, um dia depois de investigar a principal advogada do produtor, Donna Rotunno, às vésperas de um julgamento que gera grande expectativa nos Estados Unidos.

"Os últimos dois anos têm sido extenuantes e me deram uma grande oportunidade para a autorreflexão. Fui consumido pelo meu trabalho, minha empresa, por minha busca por sucesso", respondeu o produtor.

"Isso me fez descuidar da minha família, minhas relações e atacar as pessoas ao meu redor. Estou na reabilitação desde outubro de 2017, estive envolvido em um programa de 12 passos e meditação. Aprendi a me desprender da minha necessidade de controle", completou.

Perguntado se sentia empatia pelas mulheres que o acusaram de abuso sexual, Weinstein preferiu não comentar por orientação de seus advogados, mas criticou a imprensa por "fazer suposições" que "confundiram o público".

A "CNN" também questionou Weinstein sobre planos futuros caso seja inocentado no julgamento. Apesar de o estúdio The Weinstein Company, do qual ele era sócio de um de seus irmãos, Robert, ter declarado falência, o produtor disse ter esperanças de reconstruir a carreira no cinema.

"Se puder voltar a fazer algo bom e construir lugares que ajudem os demais a se recuperar e reconfortar, pretendo fazê-lo", afirmou o produtor, um dos mais poderosos de Hollywood até as denúncias.

Depois de se entregar às autoridades em maio de 2018 e ser libertado da prisão após pagar uma fiança milionária, Weinstein explicou que passa a maior parte de seu tempo lendo e conversando com os advogados para tentar provar sua inocência e limpar seu nome.

Na entrevista concedida à "CNN", a advogada de Weinstein afirmou que o cliente seria o "primeiro a dizer que fez coisas ruins", mas negou que ele seja um criminoso.

"Ele enganou a esposa, não foi honesto, teve relações com várias mulheres em diferentes momentos e diria que essas foram decisões ruins. (...) Perdeu tudo por essas decisões ruins. Ninguém tenta dizer que ele é um santo e que nunca fez nada de errado. Mas não acredito que Harvey seja um estuprador", disse a advogada.

Caso seja considerado culpado, Weinstein pode ser condenado à prisão perpétua.

Acompanhe tudo sobre:CinemaAssédio sexualabuso-sexualHollywood

Mais de Casual

Do casual a performance: 9 lançamentos de tênis em setembro

LVMH afirma que Giorgio Armani foi um 'exemplo de máxima elegância'

Os melhores bares do Brasil comandados por duplas de sucesso, segundo ranking EXAME Casual 2025

Giorgio Armani morre aos 91 anos