Redatora
Publicado em 5 de novembro de 2025 às 14h32.
Alcançar os objetivos durante os treinos é a meta de atletas amadores e profissionais. Felizmente, algumas técnicas e dispositivos podem ajudar a entender melhor o desempenho e ajustar a rotina para atingir novas metas. Na busca por performance e bem-estar, acompanhar a cadência de corrida tem se tornado um dos principais focos entre corredores.
Diferente da velocidade — que indica apenas o ritmo —, a cadência mede a quantidade de passos dados por minuto. Para calcular o índice, basta contar o número de passos com um dos pés durante 60 segundos e multiplicar o resultado por dois. A métrica, presente em smartbands e smartwatches, ajuda a aprimorar a técnica e a performance durante a corrida.
Uma cadência mais alta está associada à diminuição do risco de lesões, um dos maiores desafios para quem corre com frequência. Isso ocorre porque passos curtos e rápidos reduzem o impacto nas articulações, ao contrário da cadência baixa, que envolve passadas longas e lentas (conhecidas como overstriding).
Além de reduzir lesões, o aumento da cadência faz com que os pés se posicionem mais próximos do centro de gravidade, o que melhora a eficiência do movimento e reduz o gasto de energia. Ainda assim, fatores como o tipo de tênis, o terreno e até inclinações podem influenciar o ritmo ideal.

Alguns modelos de wearables, como os relógios e smartbands da Garmin, Apple, Wahoo e Xiaomi, oferecem monitores de cadência que calculam automaticamente a média de passos por minuto a partir da frequência cardíaca, da contagem de passos e da detecção de movimento.
Com o índice em mãos, o processo de aprimoramento se torna mais simples. Especialistas recomendam que o aumento da cadência seja gradual para evitar sobrecarga e lesões. Segundo estudo da National Library of Medicine, elevações de 5% a 10% são ideais para começar.
Outra forma de melhorar o índice é por meio dos educativos de corrida, exercícios que simulam movimentos técnicos do esporte para corrigir a postura e aumentar a consciência corporal. Entre os principais estão o skipping, que consiste em elevar os joelhos mantendo o tronco reto, e o hopserlauf, que trabalha saltos alternados com as pernas.
O uso de um metrônomo — dispositivo que emite batidas regulares — também é um recurso eficiente para controlar o ritmo e acompanhar o progresso da cadência. Existem versões gratuitas em sites e aplicativos que ajudam o corredor a sincronizar os passos com o som, mesmo sem o uso de dispositivos inteligentes.
No fim, mais do que números no relógio, acompanhar a cadência é uma forma de correr melhor e com mais consciência. Com o apoio da tecnologia, o corredor aprende a entender o próprio corpo e ajustar o ritmo certo para evoluir sem ultrapassar os limites.