Entre as quatro semifinalistas do torneio feminino de Roland Garros está uma quase desconhecida. A francesa Lois Boisson está na 361ª colocação do ranking da WTA. Até o começo desta edição do Grand Slam francês pouca gente havia ouvido falar dela.

Boisson só entrou na chave principal de Roland Garros porque, sendo francesa, ganhou um convite dos organizadores. Na campanha deste ano, ela venceu a americana Jessica Pegula, número 3 do mundo, e, na quarta-feira 4, despachou a russa Mirra Andreeva, número 6.

Nesta quinta-feira, 5, ela enfrentou a americana Coco Gauff, número 2 do mundo. Foi um teste difícil para a francesa de 22 anos, que valia um lugar na final do torneio francês, mas ela acabou perdendo.

Cheiro de confiança

A história de recuperação de Lois Boisson impressiona. No ano passado, uma semana antes de Roland Garros, em que também jogaria como convidada, ela rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Passou nove meses em recuperação.

Este ano, antes do torneio francês, ela ganhou certa notoriedade, mas não pelos feitos em quadra. Em partida pelo aberto de Rouen, na França, a tenista britânica Harriet Dart fez uma reclamação à juíza. “Pode pedir para ela usar desodorante? Ela está cheirando mal.”

Boisson ganhou a partida e postou uma montagem em que ela segura um desodorante da Dove. A marca aproveitou e fez um repost, com a frase “Cheira à confiança.”

Salto de 200 posições

Com os resultados em Roland Garros, Boisson vai saltar mais de 200 posições no ranking da WTA e ficar entre as 70 do mundo. Até agora, ela já acumulou 690 mil euros em premiação em Roland Garros. Isso equivale a quatro vezes o que já ganhou em toda a sua carreira.

A campeã do Grand Slam de Paris levará para casa 2,5 milhões de euros. Mesmo não tendo chegado lá, Boisson já garantiu pontos importantes para entrar na chave principal dos próximos grandes torneios e visibilidade para futuros patrocinadores. Quem sabe a própria Dove.