Mustang Dark Horse: mais potente da história. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 14 de agosto de 2025 às 11h43.
Última atualização em 14 de agosto de 2025 às 11h44.
Quinhentos e sete cavalos, 15 a mais do que a versão GT Performance. Essa pequena diferença resultou em uma mudança expressiva na potência, com a aceleração de zero a 100 km/h reduzida de 4,3 para 3,7 segundos. Esse é o Ford Mustang Dark Horse, que chega ao Brasil com o motor mais potente já visto nas ruas e pistas brasileiras. Tecnicamente, o motor Coyote 5.0 V8, com biela e virabrequim herdados do GT500 e calibração especial, entrega 507 cv e exibe um ronco marcante — uma das principais características do Mustang.
O conceito principal desse carro é proporcionar a sensação de um veículo de pista, mas para uso em ruas e estradas, respeitando os limites de velocidade, claro. É preciso atenção redobrada, pois ao pressionar levemente o acelerador, o carro praticamente ‘voa’ e ultrapassa facilmente os 100 km/h, revelando toda a sua potência. Os sistemas de transmissão, direção, suspensão, freios e diferencial têm recursos e calibrações desenvolvidos especialmente para o desempenho em pistas, o que fica evidente na dirigibilidade.
O trabalho de modulação no sistema de escapamento, associado à alta potência, torna o som característico do V8 ainda mais encorpado e envolvente — uma verdadeira sinfonia para os entusiastas de performance, capaz de aguçar os sentidos e despertar emoções. Além disso, ao passar pela estrada, é comum que outros motoristas abaixem o vidro para observar com mais atenção o Mustang Dark Horse em ação.
“As bielas forjadas e o virabrequim herdados do Shelby GT500 têm durabilidade estrutural superior, permitindo uma calibração mais agressiva e o aumento da pressão na câmara de combustão para extrair o máximo de performance, especialmente em altas rotações”, explica Ariane Campos, supervisora de Engenharia da Ford América do Sul.
O Mustang Dark Horse ganhou um visual mais agressivo. As linhas marcantes reforçam seu caráter voltado à alta performance. A máscara negra que envolve a grade dianteira e os faróis de LED, as faixas esportivas no capô e os elementos escurecidos da carroceria — incluindo a grade do para-choque, o spoiler traseiro, as capas dos retrovisores e as ponteiras duplas de escapamento de 4,5 polegadas — conferem uma postura intimidadora.
Essa impressão é reforçada pelo emblema Dark Horse aplicado nas laterais, na traseira e nas soleiras, o primeiro a mostrar o cavalo de frente. Com olhar fixo e narinas dilatadas, ele encara o observador de maneira desafiadora. O logo tradicional do cavalo, em versão escurecida, permanece na grade dianteira.
O interior mantém acabamento com bancos de couro e suede costurados em azul, cintos de segurança da mesma cor, volante com o emblema Mustang escurecido e uma placa gravada com o número de série de produção no painel — não é uma série limitada. A carroceria está disponível em seis cores: Cinza Torres, Preto Astúrias, Branco Ártico, Vermelho Arizona, Azul Estoril e Azul Algarve.
Embora não tenha um concorrente direto, com fim do Camaro, o Mustang Dark Horse pode ser comparado a carros de pista como o Porsche 911 Carrera, que custa cerca de R$ 930 mil, e o BMW M3 Competition, com preço em torno de R$ 892.950. A versão GT do Mustang era vendida por R$ 529 mil. Para desenvolver o Dark Horse, a Ford precisou fazer ajustes. “Reduzir quatro segundos na aceleração de zero a 100 é difícil e caro”, explica Dennis Rossini, gerente de Marketing da Ford.
Com isso, o Dark Horse chega ao mercado por R$ 649 mil. “É a primeira vez que a Ford oferece no Brasil três versões do Mustang no mesmo ano: Mustang GT Performance, Mustang GT Performance Manual e Mustang Dark Horse, o que demonstra a força da linha”, destaca Rossini.
No primeiro semestre de 2025, as vendas do Mustang mais que dobraram, totalizando 579 unidades, número próximo ao de 2024 (704 unidades). O resultado inclui a edição limitada do Mustang GT Performance Manual, cujas 200 unidades esgotaram em apenas 60 minutos, fazendo a montadora faturar R$ 120 milhões. Desde o lançamento no Brasil, em 2018, o Mustang já vendeu 4.000 unidades.