Dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó: homenageados do Edificio Pietro Maria: palco para o Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira (Redes Sociais/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 3 de julho de 2025 às 11h35.
O Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira apresenta mais uma iniciativa para transformar talentos em carreiras de sucesso. Com o projeto Música é Negócio, lançado pelo prêmio, em parceria com o Banco BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME), com a expertise da Saint Paul Escola de Negócios, artistas brasileiros terão acesso a conhecimento prático e aplicações estratégicas para impulsionar suas trajetórias no mercado musical.
O curso será totalmente online e realizado através de videoaulas gratuitas, ministradas por profissionais de referência na indústria musical.
As pré-inscrições estarão abertas a partir de hoje, 3, no site oficial do Música é Negócio. O projeto é direcionado para artistas atuantes como intérpretes, compositores, produtores ou músicos instrumentais.
O curso será dividido em cinco módulos: Marketing e Estratégias Digitais, com Lui Fuller (Digimakki), Vic Oliveira (Digimakki), Mário Canivello (Canivello Comunicação) e Juliana Thomé (Enther Digital); Gerenciamento de Direitos Autorais e Contratos, com Angela Johanssen (UBC), Eduardo Senna (Senna Advogados) e Caio Mariano (Caio Mariano Advogados); Captação de Recursos e Patrocínios, com Luiz Calainho (L21 Corp), Marcus Buaiz (Mynd, Billboard Brasil, Ventre Studio) e Luiz Oscar Niemeyer e Luiz Guilherme Niemeyer (Bonus Track).
Completam o programa do curso os pilares de Construção de Networking e Parcerias, com Gabriel Andrade (Coala Festival), Wilsinho Anastácio (LIVE Talentos) e Pedro Seiler (Queremos!); e Finanças e Planejamento Orçamentário, com especialistas a serem anunciados.
As aulas serão disponibilizadas mensalmente, com lançamentos nas seguintes datas:
O desenvolvimento do Música é Negócio foi embasado em uma pesquisa que teve participação de 100 artistas inscritos do Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira 2025, de todas as regiões do país e representantes de diversos gêneros musicais.
Entre os principais resultados, 84% dos artistas apontaram o financiamento e acesso a recursos financeiros como o maior desafio enfrentado em suas carreiras. Divulgação e marketing foram indicados como desafios por 54% dos artistas, enquanto 44% enfrentam dificuldades em planejamento e organização de shows e eventos, e 35% citaram a construção de redes de contato como obstáculo.
A pesquisa revelou ainda que 81% dos artistas financiam seus projetos com recursos próprios, e apenas 19% contam com patrocínios. Sobre a gestão de carreira, 88% dos participantes declararam sentir falta de conhecimento sobre captação de recursos, 47% sobre estratégias de marketing, 39% sobre planejamento de turnês e 34% sobre gestão financeira.
Quando o tema é a relação com tecnologia, 46% dos artistas consideram-na uma aliada do seu trabalho, mas 27% ainda têm apenas um conhecimento básico e 14% utilizam a tecnologia sem pleno domínio.
Em relação à monetização, 85% dos artistas afirmaram gerar renda com cachês de apresentações, mas apenas 27% utilizam o licenciamento de músicas como fonte de receita, e 12% trabalham com merchandising. A pesquisa também indicou que 75% dos artistas desejam aprender mais sobre marketing e promoção, 67% querem aprofundar conhecimentos sobre negociações e contratos e 58% sobre finanças e planejamento orçamentário.
“Este projeto nasce do compromisso do BTG Pactual com o impacto social e a valorização da cultura brasileira. Queremos não só apoiar os artistas, mas também incentivar o fortalecimento da cadeia produtiva e profissionalizar ainda mais o setor. Por meio de formação, conhecimento e visão empreendedora, iremos contribuir para uma indústria musical mais inclusiva e sustentável”, afirma André Kliousoff, CMO do BTG Pactual.
Segundo Zé Mauricio Machline, fundador do Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira, o Música é Negócio é uma resposta concreta às necessidades ratificadas junto aos artistas, que já vinham sendo percebidas durante décadas de atuação na indústria da música.
“A pesquisa nos mostrou com muita clareza o quanto os artistas brasileiros, mesmo talentosos, ainda enfrentam dificuldades práticas para transformar sua arte em uma carreira sustentável. Criamos o Música é Negócio para oferecer ferramentas de conhecimento para o empreendedorismo do setor, conhecimento estratégico e inspiração para que eles possam viver da sua arte com mais autonomia e segurança. Nosso objetivo é democratizar o acesso a conteúdos que historicamente estiveram disponíveis para poucos e construir um mercado musical brasileiro ainda mais forte, diverso e preparado para o futuro”, afirma Machline.
O Música é Negócio nasce, portanto, como uma ação prática para fortalecer a base empreendedora da música brasileira. Ao oferecer formação em gestão de carreira, finanças, marketing e direitos autorais, o projeto busca não apenas ampliar as possibilidades dos artistas no mercado, mas criar condições reais para que novos talentos consolidem trajetórias economicamente viáveis e ajudem a moldar um cenário musical mais profissional e conectado com os desafios do futuro.