Campanha da LOUIE com mocassim: best seller (Bob Wolfenson / Louie/Divulgação)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 13 de novembro de 2025 às 15h56.
Última atualização em 13 de novembro de 2025 às 16h27.
Grosso modo, mocassim serve para definir qualquer sapato sem cadarço. São modelos práticos e fáceis de colocar. Um pouco mais a fundo, entendemos que há variações desse tipo de calçado. Um deles é o chamado penny loafer, que vem com uma abertura em forma da letra V na tira que fica em cima do peito do pé.
O nome vem de uma quase lenda urbana. Os universitários americanos dos anos 1950 e 1960 usariam essa abertura na tira para guardar uma moeda, o famoso penny, de um centavo. Se é verdade ou não, isso vai depender de quem conta. O fato é que o nome ficou.
Como vai ficar o nome desse tipo de mocassim neste momento, em que o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos decretou o fim do penny? As últimas moedas com a efígie de Abraham Lincoln foram produzidas nesta quarta-feira, 12 de outubro.
O motivo foi o alto custo. Cada penny custava três vezes seu valor para ser produzido. No começo, a moeda era feita inteiramente de cobre. Nas últimas décadas, o material principal era zinco. Apenas o revestimento continuava de cobre. Seu poder de compra também caiu. Nada hoje nos Estados Unidos custa um centavo.
Moedas americanas de 1 centavo: fim (Tim Boyle/Getty Images)
No Brasil, não se tem notícia de que alguma vez alguém chegou a guardar uma moeda em seu penny loafer. Mesmo sem essa nobre função, o sapato vive momento de alta, em diversas variações, com solado tratorado, de camurça, em cores variadas. Até mesmo com o controverso uso com meia branca.
Livia Ribeiro, dona da marca LOUIE, chegou a fazer sob encomenda mocassins na cor branca para influenciadores como Victor Collor e João Vicente. “É o tipo de sapato que transita sem problemas do jeans à alfaiataria leve. E o homem brasileiro adora essa informalidade dos modelos slip on”, diz Livia.
Os modelos penny loafer, tanto na versão social com solado de couro como nas mais casuais, estão entre os best-sellers da LOUIE. “Um modelo clássico só permanece clássico porque o tempo já provou que ele funciona. Mas é preciso adaptar. Nós atualizamos proporções, materiais e acabamentos para que o design atenda ao homem contemporâneo.”
A Oficina lançou para este verão o mocassim Roger, de camurça cor de areia. O modelo já está esgotado em várias lojas. “O mocassim é um clássico que não perde a força e continua sendo um dos nossos sapatos mais vendidos", diz Gabriel Zandomênico, CEO da marca. "Combina elegância e conforto como poucos e traduz bem o espírito da Oficina: sofisticação sem esforço.”