Pandora: joalheria dinamarquesa passa a vender suas joias no Mercado Livre (Pandora/Divulgação)
Repórter de Casual
Publicado em 10 de julho de 2025 às 15h22.
Última atualização em 10 de julho de 2025 às 16h19.
Há pouco mais de um mês os charms da Pandora passaram a ser expostos em um novo ponto de venda. No entanto, não se trata de um shopping center ou em uma loja de rua, mas no portfólio do Mercado Livre, que hoje conta com mais de 1.500 marcas de moda em sua plataforma.
A novidade representa um passo importante no processo de expansão digital da Pandora, que conta com 20% do faturamento proveniente do e-commerce próprio.
"Queremos que todos tenham acesso às nossas joias de forma prática e segura, com a excelência de serviço que o Mercado Livre oferece", diz Dani Valadão, Country Head da Pandora Brasil. Segundo ela, o lançamento faz parte de uma estratégia global de tornar a Pandora uma marca de joias completa, que vai além de seus tradicionais charms e braceletes, incluindo uma linha mais ampla de peças, como anéis, colares e brincos.
Essa movimentação também é um reflexo da estratégia digital da Pandora. "Nosso objetivo é estar cada vez mais próximos dos nossos clientes, e o Mercado Livre é uma plataforma que já conta com uma base de milhões de consumidores. Isso cria uma oportunidade única de apresentar nossas peças a um público ainda maior, especialmente aqueles que podem não conhecer a marca, mas que se sentirão atraídos pela nossa proposta. Os resultados têm sido muito positivos, com taxas de conversão superiores ao que esperávamos para os primeiros dias de operação", diz.
Para o Mercado Livre, a iniciativa aprofunda o marketplace como plataforma voltada para o mercado de moda e beleza. Segundo Ana Araripe, diretora de Marketplace do Mercado Livre, a empresa tem se tornado um hub estratégico para grandes marcas, oferecendo uma combinação de alcance e experiência de compra que nem sempre é presente em canais próprios.
"A chegada da Pandora fortalece ainda mais o posicionamento do Mercado Livre como destino fashion, que já conta com um sortimento completo de roupas, calçados, bolsas, acessórios — e agora também joias", diz Ana.
Além disso, a executiva destacou o crescimento expressivo da categoria de moda e beleza no Mercado Livre, responsável por um volume crescente de itens vendidos a cada trimestre. "Em apenas um mês, a loja oficial da Pandora já mostrou o potencial dessa parceria. Isso reflete a crescente importância que a categoria de moda e beleza tem na plataforma, com 38 milhões de visitantes únicos por mês e um crescimento de 31% no volume de vendas".
Ainda que a iniciativa da Pandora seja recente para o Brasil, a estratégia de vendas em marketplace já foi implementada em outros países, como no México. "Nossa estratégia de multicanais é muito clara. A Pandora já é uma marca conhecida, e com essa parceria, conseguimos expandir ainda mais nosso alcance no Brasil, onde o e-commerce tem sido um canal crucial para nosso crescimento", destacou Dani. Ela também ressaltou que, no Brasil, as vendas online representam cerca de 20% do faturamento da marca, com picos que chegam a até 40% durante eventos sazonais como a Black Friday.
Em termos de estratégias de comunicação e engajamento, o Mercado Livre está investindo em tecnologia e personalização para garantir que os consumidores encontrem os produtos que mais se alinham aos seus interesses. "A personalização é um dos maiores investimentos que estamos fazendo, usando algoritmos para garantir que nossos consumidores tenham uma experiência única", diz Ana.
Além da expansão digital, a Pandora possui outros projetos para o país, com a abertura de novas lojas físicas em diversas regiões e um planejamento para atualizar as lojas. Para os próximos três anos, a joalheria dinamarquesa pretende integrar o conceito Evoke em todas as suas unidades. "Estamos introduzindo tendências muito claras, como a personalização de joias. Somos uma joalheria emocional, então por meio de máquinas de gravação será possível personalizar os charms nas lojas, deixando as peças ainda mais memoráveis. Além disso, as lojas trarão uma melhor experiência aos clientes, com compras mais intuitivas, aumento na velocidade do serviço, permitindo que os clientes explorem, encontrem e experimentem os produtos com maior facilidade", diz Luciana Marsicano, diretora-geral da Pandora América Latina.
Mesmo com as lojas e joalherias independentes, o Brasil é um mercado com potencial para crescimento para a marca. "Ainda temos muito espaço para crescer. Com o Mercado Livre, conseguimos alcançar consumidores em regiões onde não temos presença física", diz Dani.