TODOS Arquitetura: a beleza de uma casa não está só nas escolhas estéticas, mas nas camadas de sentido que acumulamos ao longo da vida (Maura Mello/Divulgação)
Publicado em 27 de julho de 2025 às 07h15.
Na era do Pinterest e dos interiores instagramáveis, é fácil cair na armadilha de montar uma casa cenográfica, bonita, mas silenciosa. Na TODOS Arquitetura, preferimos o caminho inverso: acreditamos que toda casa deve ser uma extensão da vida de quem mora ali. Uma galeria afetiva, onde cada peça tem uma história para contar.
Um objeto trazido de viagem, a poltrona herdada da avó, uma escultura comprada em uma feira de bairro, o quadro pintado pelo filho... Esses itens talvez nunca apareçam nas revistas de decoração, mas têm um valor imensurável: falam sobre pertencimento. E, quando bem posicionados, não apenas coexistem com o projeto, eles o transformam.
TODOS Arquitetura: a beleza de uma casa não está só nas escolhas estéticas, mas nas camadas de sentido que acumulamos ao longo da vida (Maura Mello/Divulgação)
Nosso trabalho como arquitetos é criar o cenário, mas quem protagoniza a narrativa são os moradores. Por isso, gostamos de ouvir histórias antes de propor soluções. O que te emociona? Que lembrança você gostaria de ver todo dia ao acordar? O que representa conforto para você? A partir dessas respostas, entendemos que não estamos projetando um espaço genérico, e, sim, um lugar de identidade.
A arquitetura de histórias começa quando deixamos de decorar para impressionar e passamos a decorar para lembrar. Porque a beleza de uma casa não está só nas escolhas estéticas, ela está, principalmente, nas camadas de sentido que acumulamos ao longo da vida. E é esse acervo afetivo, quando bem acolhido pelo projeto, que transforma uma casa em lar.