Ciência

Acabou o sonho? Refrigerante diet pode aumentar em 30% o risco de diabetes tipo 2, diz estudo

Pesquisa revela que refrigerante diet eleva o risco de diabetes tipo 2 e problemas cardíacos, com efeitos ainda mais graves a longo prazo

refrigerante diet aumenta risco de diabetes tipo 2 e problemas cardíacos. (Nutthaseth Vanchaichana/Getty Images)

refrigerante diet aumenta risco de diabetes tipo 2 e problemas cardíacos. (Nutthaseth Vanchaichana/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de agosto de 2025 às 14h02.

Última atualização em 4 de agosto de 2025 às 15h00.

Consumir refrigerante diet diariamente pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em mais de 30%, alerta um estudo recente realizado pela Universidade Monash, na Austrália.

A pesquisa acompanhou quase 36 mil adultos por quase 14 anos e revelou que o consumo regular dessas bebidas adoçadas artificialmente eleva o risco de doença em 38%, um percentual maior do que o risco associado aos refrigerantes tradicionais, adoçados com açúcar, que aumenta o risco em 23%.

Adoçantes artificiais e seus impactos no metabolismo

Os pesquisadores explicam que os adoçantes artificiais usados em refrigerantes dietéticos, como aspartame, sucralose e sacarina, podem interferir no metabolismo da glicose e na microbiota intestinal, que desempenham papéis essenciais no equilíbrio do organismo.

Mesmo sem calorias, esses adoçantes podem provocar uma resposta de insulina semelhante à do açúcar e alterar o funcionamento do sistema imunológico e metabólico, o que favorece o desenvolvimento do diabetes.

Além do impacto metabólico, outro estudo apontou que o consumo frequente de bebidas adoçadas artificialmente está associado a um aumento de 20% no risco de fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca grave, mostrando que os riscos vão além do diabetes.

Os riscos dos ultraprocessados

O problema é agravado porque os refrigerantes diet são considerados alimentos ultraprocessados, sem benefício nutritivo e ambientalmente prejudiciais à saúde quando consumidos com frequência.

Muitas pessoas recorrem a essas bebidas buscando reduzir a ingestão calórica ou controlar o peso, mas essa falsa sensação de segurança pode levar a um consumo excessivo e a consequências negativas para a saúde.

Autoridades como o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde recomendam evitar o consumo habitual desses produtos e alertam para a importância de uma alimentação mais natural e equilibrada. Alternativas como água, chás naturais e sucos sem aditivos são opções saudáveis que ajudam a prevenir doenças metabólicas, por exemplo.

Acompanhe tudo sobre:DiabetesDoençasSaúde

Mais de Ciência

Extinções em massa: a Terra já 'morreu' 5 vezes — quando será a próxima?

Cães ajudam a regular o estresse e melhoram qualidade de vida, diz estudo

Segunda-feira de matar: risco de infarto é maior no primeiro dia útil da semana, diz estudo

Buraco negro raro é registrado devorando estrela; veja vídeo