Ciência

Curativos inteligentes podem acelerar a cicatrização de feridas

Bandagens usam a respiração para enviar pulsos aos ferimentos

. (Vonschonertagen/Getty Images)

. (Vonschonertagen/Getty Images)

São Paulo - O uso terapêutico de correntes elétricas na saúde é milenar, sendo aplicado em uma série de tratamentos, como o fortalecimento muscular e a redução de dores crônicas. Outra aplicação da eletroterapia comumente usada visa acelerar a cicatrização de feridas. Os aparelhos necessários para o procedimento, porém, podem tornar o processo bastante trabalhoso.

Pensando nisso, pesquisadores dos Estados Unidos e da China desenvolveram bandagens elétricas semelhantes a curativos comuns para acelerar a cicatrização de feridas. Seu funcionamento requer apenas que o paciente respire: o movimento da caixa torácica durante a inspiração e expiração ativa nanogeradores presentes nas bandagens, enviando pulsos de baixa intensidade para a área em que está a ferida.

Estímulos aceleram processo de cura celular

A equipe acredita que a chave do novo produto seja a atuação da eletricidade sobre os fibroblastos (um tipo de célula da pele), que são estimulados a se alinhar, processo essencial para a cicatrização. Além disso, os pulsos também produzem materiais bioquímicos que contribuem para o crescimento dos tecidos.

Em laboratório, os resultados foram animadores. Testes com ratos mostraram que feridas que levavam quase duas semanas para cicatrizar normalmente precisavam de apenas três dias sob a atuação do curativo inteligente. Os pesquisadores afirmam que a tecnologia usa materiais comuns, o que pode tornar a bandagem tão barata quanto os curativos convencionais, segundo o site Engadget.

O próximo passo é testar a tecnologia na pele de porcos, parecida com a dos humanos.

Acompanhe tudo sobre:SaúdeEletricidade

Mais de Ciência

Sinais de rádio revelam natureza de suposto cometa alienígena

Consumo de álcool pode acelerar em 11 anos risco de hemorragias cerebrais

Tempestade solar canibal pode gerar auroras boreais e afetar GPS; entenda

Você não é 100% humano: entenda a proporção entre células e micróbios