Ciência

Fóssil raro de dinossauro pode valer até 10 apartamentos de luxo no Rio ou em São Paulo

O esqueleto, com cerca de 3 metros de comprimento, foi descoberto em 1996

O carnívoro viveu durante o período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, na região que hoje corresponde à América do Norte (	DE AGOSTINI PICTURE LIBRARY / Getty Images)

O carnívoro viveu durante o período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, na região que hoje corresponde à América do Norte ( DE AGOSTINI PICTURE LIBRARY / Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 17 de junho de 2025 às 19h14.

Última atualização em 17 de junho de 2025 às 19h27.

A casa de leilões Sotheby’s anunciou que colocará à venda, em julho, um fóssil raro de Ceratossauro juvenil, com valor estimado entre US$ 4 milhões e US$ 6 milhões, o que equivale a R$ 22 milhões a R$ 33 milhões na cotação atual. Segundo o New York Times, a notícia gerou preocupação entre paleontólogos, que temem que esse tipo de leilão incentive a especulação no mercado de fósseis.

O esqueleto, com cerca de 3 metros de comprimento, foi descoberto em 1996, próximo à Bone Cabin Quarry, em Wyoming, e é o quarto exemplar conhecido da espécie — sendo o único juvenil. Seu crânio, composto por 57 ossos, está completo, o que aumenta seu valor científico.

O carnívoro viveu durante o período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, na região que hoje corresponde à América do Norte. Outras características do dinossauro eram:

  • De 5 e 6 metros de comprimento, embora alguns indivíduos menores (como o juvenil citado no leilão) fossem mais curtos.
  • Peso: cerca de 500 a 1.000 kg.
  • Crânio marcante: possuía um chifre ósseo no focinho, que lhe deu o nome (“lagarto com chifre”), além de cristas acima dos olhos.

O que dá para comprar com esse dinheiro

Com R$ 33 milhões, valor esperado pelo leilão, é possível adquirir uma variedade impressionante de bens e experiências. Aqui estão alguns exemplos para ilustrar o poder de compra desse valor no Brasil em 2025:

Imóveis

  • 10 de alto padrão em bairros nobres de São Paulo ou Rio de Janeiro.
  • Uma mansão de luxo com piscina, cinema, academia e vista privilegiada, em áreas como Jardim Europa (SP) ou Joá (RJ).
  • Várias casas de veraneio em destinos como Angra dos Reis, Trancoso ou Florianópolis.

Veículos

  • Mais de 100 carros populares (como Fiat Mobi ou Renault Kwid).
  • Cerca de 30 SUVs de luxo (como BMW X5 ou Audi Q7).
  • Até 5 supercarros (como Ferrari Roma, Lamborghini Huracán ou Porsche 911 Turbo S).

 Transporte de luxo

  • Um jato executivo leve (como um Embraer Phenom 100 usado).
  • Um helicóptero de médio porte (como um Airbus H125).

História do fóssil

A história do fóssil começou em 1999, quando Brock Sisson, então com 16 anos, trabalhava no Museu da Vida Antiga, em Utah. Ele participou da montagem do esqueleto e, anos depois, adquiriu o espécime em 2014, após o museu decidir vendê-lo com aprovação unânime de seu conselho.

A venda ocorre cerca de um ano após o leilão do estegossauro “Apex”, arrematado por US$ 45 milhões pelo bilionário Kenneth Griffin. Especialistas temem que a valorização crescente dos fósseis possa prejudicar a pesquisa científica, enquanto a Sotheby’s defende que essas vendas atraem filantropia para a paleontologia.

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