O carnívoro viveu durante o período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, na região que hoje corresponde à América do Norte ( DE AGOSTINI PICTURE LIBRARY / Getty Images)
Repórter
Publicado em 17 de junho de 2025 às 19h14.
Última atualização em 17 de junho de 2025 às 19h27.
A casa de leilões Sotheby’s anunciou que colocará à venda, em julho, um fóssil raro de Ceratossauro juvenil, com valor estimado entre US$ 4 milhões e US$ 6 milhões, o que equivale a R$ 22 milhões a R$ 33 milhões na cotação atual. Segundo o New York Times, a notícia gerou preocupação entre paleontólogos, que temem que esse tipo de leilão incentive a especulação no mercado de fósseis.
O esqueleto, com cerca de 3 metros de comprimento, foi descoberto em 1996, próximo à Bone Cabin Quarry, em Wyoming, e é o quarto exemplar conhecido da espécie — sendo o único juvenil. Seu crânio, composto por 57 ossos, está completo, o que aumenta seu valor científico.
O carnívoro viveu durante o período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, na região que hoje corresponde à América do Norte. Outras características do dinossauro eram:
Com R$ 33 milhões, valor esperado pelo leilão, é possível adquirir uma variedade impressionante de bens e experiências. Aqui estão alguns exemplos para ilustrar o poder de compra desse valor no Brasil em 2025:
A história do fóssil começou em 1999, quando Brock Sisson, então com 16 anos, trabalhava no Museu da Vida Antiga, em Utah. Ele participou da montagem do esqueleto e, anos depois, adquiriu o espécime em 2014, após o museu decidir vendê-lo com aprovação unânime de seu conselho.
A venda ocorre cerca de um ano após o leilão do estegossauro “Apex”, arrematado por US$ 45 milhões pelo bilionário Kenneth Griffin. Especialistas temem que a valorização crescente dos fósseis possa prejudicar a pesquisa científica, enquanto a Sotheby’s defende que essas vendas atraem filantropia para a paleontologia.