A geada negra ocorre quando massas de ar extremamente frio e seco invadem uma região, fazendo com que a temperatura caia rapidamente abaixo de 0 °C (Freepik)
Redação Exame
Publicado em 23 de junho de 2025 às 17h40.
O Brasil se prepara para mais um inverno, sendo que em alguns pontos do Sul do país as temperaturas prometem ficar negativas.
No Paraná, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Estado chamou a atenção após um post no Instagram. No material, um termo curioso: geada negra, que logo tornou-se um dos mais buscados no Google nesta segunda-feira.
A previsão é de que as geadas sejam mais intensas em cidades das regiões centro e do sul do Paraná -- onde os termômetros podem chegar a até -5ºC.
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Diferente da geada comum, que forma cristais de gelo visíveis sobre as plantas, a geada negra age de forma quase invisível.
A geada negra ocorre quando massas de ar extremamente frio e seco invadem uma região, fazendo com que a temperatura caia rapidamente abaixo de 0 °C, sem formação de orvalho ou gelo visível. O resultado é a queima dos tecidos vegetais, que escurecem e morrem, como se tivessem sido carbonizados — daí o nome “negra”.
Segundo especialistas, o fenômeno é mais comum em áreas de relevo elevado e em noites de céu limpo e vento calmo, condições que favorecem a perda de calor do solo por radiação.
Os impactos econômicos podem ser severos. Culturas sensíveis como café, cana-de-açúcar, hortaliças e frutas são especialmente vulneráveis. Em 2021, uma forte onda de geada negra no sul de Minas Gerais e no Paraná causou perdas milionárias aos cafeicultores, afetando inclusive os preços internacionais do grão.