Ciência

Italiana testa com sucesso "mão biônica" sensível ao toque

O equipamento foi desenvolvido por especialistas suíços

 (Escola Superior Sant’Anna/Divulgação)

(Escola Superior Sant’Anna/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 11h02.

A italiana Almerina Mascarello, que vive no Vêneto, testou com sucesso, por seis meses, uma prótese para mão sensível ao toque, informam os pesquisadores nesta quinta-feira (4).

A “mão biônica” foi implantada no corpo dela em junho de 2016 no Policlínico Gemelli, de Roma, em cirurgia liderada pelo neurocirurgião Paolo Maria Rossini. O equipamento foi desenvolvido pelo grupo de Silvestre Micera, com especialistas da Escola Superior Sant’Anna e do Politécnico de Lousanne, na Suíça.

Mascarello havia perdido a mão em um acidente já há alguns anos e testou uma versão melhorada do implante anterior, realizado em 2014, em um homem dinamarquês, contou o cientista Micera à ANSA.

De acordo com o líder da missão, essa prótese “atinge o sistema que registra os movimentos dos músculos e os traduz como sinais elétricos, que serão transformados em comandos para as mãos”.

“Um outro sistema transforma as informações registradas pelos sensores da mão em sinais a serem enviados aos nervos e então viram informações sensoriais”, explica ainda Micera. Os eletrodos usados no equipamento, por sua vez, foram criados pela universidade alemã em Friburgo.

Após a retirada da “mão biônica”, os especialistas analisaram as informações, enviadas a todo instante para uma mochila que Mascarello carregava, e tem agora a missão de “tornar a tecnologia acessível”.

“A mochila foi um passo intermediário e, o próximo, é miniaturizar a parte eletrônica”, finaliza Micera. (ANSA)

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