Repórter
Publicado em 19 de setembro de 2025 às 20h33.
A medida tida como padrão para a pressão arterial, 12 por 8, mudou de entendimento. Uma nova diretriz brasileira agora passa a considerar a aferição não mais como pressão normal, mas sim um indicador de pré-hipertensão.
O documento foi elaborado por Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Nefrologia e Sociedade Brasileira de Hipertensão.
A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025 busca, com essa reclassificação, identificar de forma mais precoce indivíduos em risco e incentivá-los a ter posturas mais proativas para evitar a progressão do quadro, não dependendo tanto de medicamentos.
A partir de agora, para que uma pessoa possa ser considerada com uma pressão normal, a medida deve ser inferior a 12 por 8. Valores iguais ou superiores a 14 por 9 permanecem sendo classificados como quadros de hipertensão em estágios 1,2 e 3.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia disse que o documento é "fundamental" no sentido de orientar a prática dos cardiologistas pelo país.
As novas diretrizes do Brasil foram baseadas nas apresentações feitas no Congresso Europeu de Cardiologia de 2024, realizado em Londres.
O painel explicou que antes os pacientes tinham até três meses para tentar controlar a pressão apenas com mudanças no estilo de vida. Agora, a ideia é que o tratamento comece logo após o diagnóstico confirmado. O objetivo, segundo o Congresso, é diminuir ao máximo possível os níveis de hipertensão, especialmente para as pessoas consideradas de alto risco.
O recomendável é que a pressão seja aferida a partir dos três anos. Idosos, na maioria das vezes, têm maior chande de desenvolver o problema.