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Roda de Ferrari, bomba de gasolina e jipe militar: o que arrematar no 1º leilão beneficente do Carde

Winter Sale do principal museu de carros antigos do Brasil vai até o próximo sábado em Campos do Jordão

Ferrari 348 Spider 1995 (Divulgação/Divulgação)

Ferrari 348 Spider 1995 (Divulgação/Divulgação)

Rodrigo Mora
Rodrigo Mora

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Publicado em 5 de julho de 2025 às 08h11.

Quem visita o Carde sai de lá com uma lista de desejos no caso de um eventual encontro com o gênio da lâmpada. Uns escolheriam superesportivos, como a Ferrari F50 ou a Lamborghini Countach; outros preferem os pré-Guerra e por isso ficariam com o Duesenberg J e o Cord L-29 Cabriolet; e há quem se conecte com os nacionais, como o FNM 2000 JK, o Volkswagen Passat TS ou o Gurgel X-12. Com um acervo total de 500 exemplares, haja lâmpada pra esfregar.

Pois algumas fantasias poderão se tornar realidade na Winter Sale que o principal museu de automóveis do Brasil promove até o próximo sábado (12), em parceria com a Brunelli Veículos Antigos e o Magalhães Gouvêa Escritório de Arte.

Toyota Bandeirante Xingu 1985 (Divulgação/Divulgação)

A diversidade dá o tom na oferta de aproximadamente 30 modelos. Até a publicação da coluna, um raríssimo Toyota Bandeirante Xingu Bernardini 1985 (versão militar encomendada pelas Forças Armadas) havia recebido cinco lances, o mais alto deles de R$ 200 mil. Valor semelhante ao de um Chevrolet Bel Air Coupe 1950, que com 13 lances chegava a R$ 178 mil.

Um Cadillac Series 62 Convertible 1957 (R$ 592,5 mil) e uma Ferrari 348 Spider 1995 (R$ 1,18 milhão) são os campeões de lances até agora, com 47 ofertas. Os lotes ainda ativos podem ser avaliados pessoalmente ou na plataforma online do leilão. Um pregão presencial no Carde encerrará a primeira edição da Winter Sale.

Cadillac Series 62 Convertible 1957 (Divulgação/Divulgação)

Diretor-executivo do Carde, Luiz Goshima destaca a mudança de comportamento em curso no antigomobilismo nacional, que vem ganhando força cultural, social e mercadológica. “A gente se baseou no que é desenvolvido na Europa e nos Estados Unidos, mercados onde se trata o carro realmente como obra de arte. Há todo um cuidado com a apresentação dos automóveis, com o funcionamento deles, para que o comprador saiba exatamente o que está arrematando”, explica.

“É de extrema importância para o mercado brasileiro um evento desse tipo, que disponibiliza itens raríssimos e em estado de conservação excepcional”, complementa André Brunelli, da Brunelli Veículos Antigos.

Parte do montante oriundo da comercialização dos veículos e 100% do valor arrecadado com a venda das obras de arte e itens de memorabilia (rodas e bombas de combustível antigas, por exemplo) serão revertidos para as ações filantrópicas da Fundação Lia Maria Aguiar (FLMA), que atua em Campos do Jordão há 17 anos.

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