Segundo Alckmin, governo trabalhará para reverter a sobretaxação até o fim de julho (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 15 de julho de 2025 às 13h06.
Última atualização em 15 de julho de 2025 às 13h40.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira, 15, que as tarifas de 50% aos produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump é injusta para o Brasil e ruim para as empresas norte-americanas.
Segundo Alckmin, o governo trabalhará para reverter a sobretaxação até o fim de julho, mas, se necessário, solicitará um adiamento do início da vigência da medida.
“Queremos resolver o problema o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, disse Alckmin, após participar de reunião com empresários da indústria.
Presente na reunião, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu a postura de negociação do governo, sem qualquer medida de retaliação.
Segundo ele, não faz sentido de que o Brasil saia do piso para o teto das tarifas praticadas pelo governo dos Estados Unidos, sem nenhuma motivação econômica. Alban ainda afirmou que o setor produtivo e o agro estão convergentes na busca de uma solução.
“O Brasil não pretende ser reativo. O Brasil não se precipitará em medidas de retaliação para serem interpretadas como disputa”, disse.
Alckmin ainda terá reunião nesta terça, às 14h, com representantes do agronegócio.