Economia

Argentina consegue viabilizar empréstimo de US$ 2 bi para oleoduto de Vaca Muerta

Prevê-se que o projeto entre em operação no fim de 2026, com uma capacidade inicial de transporte de 180.000 barris diários

Estima-se que o projeto ajude a aumentar as exportações de petróleo da Argentina em quase US$ 14 bilhões anuais a partir de 2027 (Bloomberg/Bloomberg)

Estima-se que o projeto ajude a aumentar as exportações de petróleo da Argentina em quase US$ 14 bilhões anuais a partir de 2027 (Bloomberg/Bloomberg)

Publicado em 8 de julho de 2025 às 20h07.

A Argentina conseguiu viabilizar seu importante projeto Vaca Muerta Oleoduto Sul (VMOS), que é liderado pela estatal YPF, com apoio de Pluspetrol, Pan American Energy (PAE), Pampa Energía, Vista, Chevron, Shell e Tecpetrol. Essas empresas confirmaram nesta terça-feira, 8, que conseguiram financiamento de US$ 2 bilhões para investir na obra, que é considerada uma das mais importantes dos últimos tempos para a infraestrutura do país.

Estima-se que o projeto ajude a aumentar as exportações de petróleo da Argentina em quase US$ 14 bilhões anuais a partir de 2027 - isso por meio da construção de um oleoduto e de um terminal portuário na província de Río Negro, localizada ao norte da Patagônia argentina. A obra custará cerca de US$ 3 bilhões.

O empréstimo de US$ 2 bilhões é acima do esperado para as empresas, que projetavam captar um valor menor, de US$ 1,7 bilhão. O crédito foi obtido por um prazo de cinco anos e teve como principais fiadores cinco bancos internacionais: Citi, Deutsche Bank, Itaú, JP Morgan e Santander, além da participação de outro grupo de 14 instituições financeiras e investidores institucionais internacionais.

“A operação marca um marco histórico para o país, já que representa a reabertura do mercado internacional de project finance, fechado desde 2019. Além disso, constitui o maior empréstimo comercial para a realização de um projeto de infraestrutura na história argentina e um dos cinco mais importantes no setor de petróleo e gás na América Latina”, disse a VMOS, sociedade de petroleiras constituída para o projeto.

Projeto estratégico

O porto de exportação em Río Negro é visto, pela profundidade das águas na região, como crucial para a chegada de navios grandes chamados VLCC (Very Large Crude Carrier), que transportam cerca de 2 milhões de barris, o que tornará a exportação mais competitiva, pois reduz o custo do frete em um dólar para entre US$ 2 e US$ 3 por barril em valores atuais. Em grande escala, estima-se que a economia seja de US$ 2 milhões por navio, além da abertura de novos mercados para a economia do país comandado por Javier Milei.

Prevê-se que o projeto entre em operação no fim de 2026, com uma capacidade inicial de transporte de 180.000 barris diários, que será incrementada até alcançar uma capacidade máxima de 550.000 barris diários em 2027.

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