Economia

Arrecadação de impostos em junho soma R$110,8 bilhões

Esse foi o sétimo mês consecutivo de crescimento real nas receitas em relação ao ano passado

Mesmo sob impacto da greve dos caminhoneiros, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$110,855 bilhões em junho (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)

Mesmo sob impacto da greve dos caminhoneiros, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$110,855 bilhões em junho (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de julho de 2018 às 11h12.

Brasília - Mesmo sob impacto da greve dos caminhoneiros, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 110,855 bilhões em junho, um aumento real (já descontada a inflação) de 2,01% na comparação com o mesmo mês de 2017. Esse foi o sétimo mês consecutivo de crescimento real nas receitas em relação ao ano passado. Em relação a maio deste ano, houve aumento de 3,09%. O valor arrecadado foi o maior para meses de junho desde 2015.

De acordo com a Receita, o comportamento da arrecadação foi influenciado por fatores macroeconômicos, como a queda de 6,67% na produção industrial em junho - em relação ao mesmo mês de 2017 - decorrente da greve dos caminhoneiros em maio. As receitas com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) caíram 14,28% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Além disso, as receitas com o Imposto de Renda Pessoa Física sobre rendimentos de capital caíram 27,93% devido à redução na taxa de juros.

Entre janeiro e junho deste ano, a arrecadação federal somou R$ 714,255 bilhões, o melhor desempenho para o período desde 2015. O montante ainda representa avanço de 6,88% na comparação com igual período do ano passado.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo federal resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 29,666 bilhões entre janeiro e junho deste ano, valor pouco menor que o registrado em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 29,684 bilhões. Apenas no mês de junho, as desonerações totalizaram R$ 7,459 bilhões, também abaixo do que em junho do ano passado (R$ 7,538 bilhões).

Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1 bilhão em junho e R$ 6,239 bilhões no acumulado do ano. O Congresso aprovou em junho a reoneração da folha de 39 setores da economia, como contrapartida exigida pelo governo para dar o desconto tributário no diesel prometido aos caminhoneiros. Outros 17 setores manterão o benefício até 2020.

Acompanhe tudo sobre:CaminhoneirosGrevesImpostos

Mais de Economia

Haddad vê 'sinal' de abertura dos EUA a diálogo sobre tarifas

Bets geram quase R$ 4 bi em seis meses, e governo mira arrecadação maior com aumento de alíquota

Alckmin diz que trabalha para redução de alíquota do tarifaço para todos os setores

Haddad confirma que governo socorrerá empresas afetadas pelo tarifaço com linhas de crédito