Economia

Arrecadação tem pior desempenho para maio desde 2010

A soma de impostos e contribuições federais somou R$ 97 bi em maio, um recuo real de 0,96% na comparação com o mesmo mês de 2016

Arrecadação: em relação a abril deste ano, houve queda de 17,50% (./Thinkstock)

Arrecadação: em relação a abril deste ano, houve queda de 17,50% (./Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de junho de 2017 às 10h44.

Brasília - A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 97,694 bilhões em maio, um recuo real (já descontada a inflação) de 0,96% na comparação com o mesmo mês de 2016, conforme informações da Secretaria da Receita Federal. Em relação a abril deste ano, houve queda de 17,50%.

O valor arrecadado foi o pior desempenho para meses de maio desde 2010, quando as receitas somaram R$ 97,523 bilhões.

O resultado veio dentro do intervalo de expectativas de 19 casas ouvidas pelo Broadcast Projeções, que ia de R$ 94,600 bilhões a R$ 103,069 bilhões, e abaixo da mediana de R$ 100,100 bilhões.

Entre janeiro e maio deste ano, a arrecadação federal somou R$ 544,485 bilhões, o que representa ainda uma alta real de 0,35% na comparação com igual período do ano passado.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 35,177 bilhões entre janeiro e maio deste ano, valor menor do que em igual período do ano passado, quando somaram R$ 37,894 bilhões.

Apenas no mês de maio, as desonerações totalizaram R$ 7,035 bilhões, também abaixo do registrado em maio do ano passado (R$ 7,604 bilhões).

Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,207 bilhão em maio e R$ 6,035 bilhões no acumulado do ano.

Em março, o governo anunciou o fim da desoneração da folha para cerca de 50 setores a partir de julho. A renúncia fiscal será mantida apenas para os setores de transporte rodoviário coletivo de passageiros, de transporte ferroviário e metroviário de passageiros, de construção civil e obras de infraestrutura e de comunicação.

A Medida Provisória 774, que reonerou a folha, ainda não foi aprovada pelo Congresso e perde a validade no início de agosto.

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