Economia

Ata revela que BoE manteve juros por unanimidade

A taxa básica de juro do Reino Unido poderá permanecer no mesmo patamar mesmo depois que a taxa de desemprego atingir a meta de 7%


	Centro de emprego em Bromley, no sudeste de Londres: no entanto, houve muita cautela no documento em assumir que a taxa de juros não aumentará quando o limite for superado
 (Ben Stansall/AFP)

Centro de emprego em Bromley, no sudeste de Londres: no entanto, houve muita cautela no documento em assumir que a taxa de juros não aumentará quando o limite for superado (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2013 às 07h41.

Londres - O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu por unanimidade pela manutenção da taxa básica de juro e do programa de alívio monetário, mostrou a ata divulgada nesta manhã.

O documento revelou que a taxa básica de juro poderá permanecer no mesmo patamar mesmo depois que a taxa de desemprego atingir a meta de 7%. No trimestre encerrado em julho a taxa de desemprego foi de 7,6%, enquanto o Relatório Trimestral de Inflação de novembro projetou que a meta será alcançada antes do previsto, no terceiro trimestre de 2015. A ata revelou a expectativa de que o desemprego cairá mais nos próximos três meses.

No entanto, houve muita cautela no documento do BoE em assumir que a taxa de juros não aumentará quando o limite for superado. A minuta mostrou que há incertezas sobre como a oferta seria afetada com uma alta na demanda e que "também há riscos em torno dos salários e do nível de preços".

O comitê também fez referência à alta da libra e disse que o câmbio deverá pressionar a inflação, mas ainda não é possível saber o quanto dessa mudança na libra será repassada ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).

Ao avaliar a situação econômica, o comitê disse que a recuperação econômica do Reino Unido tem sido mais forte que o antecipado desde janeiro, mas que "há incertezas sobre a durabilidade da recuperação", já que dificuldades na economia da zona do euro representam uma ameaça, assim como o corte de gastos das famílias para pagar dívidas. Nesse contexto, a ata revelou que o ritmo de crescimento deverá cair mais nos próximos 2 ou 3 anos.

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