Economia

China empresta US$7,5 bi à Argentina para energia, ferrovias

País latino-americano não consegue acessar no momento os mercados globais devido a disputas sobre dívida não paga

Cristina Kirchner: presidente argentina e seu colega chinês, Xi Jinping, assinarão 19 acordos  (Ueslei Marcelino/Reuters)

Cristina Kirchner: presidente argentina e seu colega chinês, Xi Jinping, assinarão 19 acordos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 12h43.

Buenos Aires - A Argentina assinará nesta sexta-feira acordos para tomar emprestados 7,5 bilhões de dólares da China, afirmou o chefe do gabinete argentino, Jorge Capitanich, num momento em que o país latino-americano não consegue acessar os mercados globais devido a disputas sobre dívida não paga.

Entre os 19 acordos a serem assinados, a presidente Cristina Kirchner e seu colega chinês, Xi Jinping, firmarão acordo para empréstimo de 4,7 bilhões de dólares do Banco de Desenvolvimento da China para a construção de duas hidrelétricas na Patagônia.

O banco chinês também deve conceder empréstimo de 2,1 bilhões de dólares para ajudar a financiar um projeto de ferrovias há muito adiado, que tornaria mais eficiente o transporte de grãos das planícies agrícolas da Argentina a seus portos.

"Sobre o montante total, é de cerca de 7,5 bilhões de dólares, incluindo acordos de cooperação para financiar projetos de infraestrutura e esse acordo de comércio bilateral", disse o chefe do gabinete argentino, Jorge Capitanich, a jornalistas.

A Argentina é o terceiro maior exportador do mundo de soja e milho. A China é a principal consumidora da soja argentina.

Xi, o primeiro presidente chinês a visitar a terceira maior economia da América Latina em uma década, também vai assinar acordo para uma operação de troca de 11 bilhões de dólares entre os bancos centrais dos países ao longo de três anos que permitirá que a Argentina pague por importações chinesas usando o iuan.

"Isso permitirá que o fluxo de reservas se estabilize", disse Capitanich.

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