Economia

China pode mudar presidente do Banco Central, diz WSJ

Depois de mais de 10 anos no poder, Zhou Xiaochuan pressiona por mais reformas e pode ser retirado do posto, diz reportagem do jornal americano

O presidente do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, concede entrevista coletiva durante sessão anual do Parlamento, em Pequim (REUTERS / Jason Lee)

O presidente do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, concede entrevista coletiva durante sessão anual do Parlamento, em Pequim (REUTERS / Jason Lee)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 12h47.

São Paulo - O atual presidente do Banco do Povo da China, Zhou Xiaochuan, pode ser trocado em breve, segundo reportagem do Wall Street Journal da manhã desta quarta-feira.

Depois de dois anos no poder, o presidente Xi Jinping estaria considerando colocar aliados em postos-chave do governo, dizem oficiais do partido, que realizará um grande encontro no mês que vem.

Zhou está no comando do banco central chinês desde 2002 e foi nomeado para seu terceiro mandato em março de 2013, apesar de já ter passado a idade de aposentadoria de 65 anos.

Ele é o oficial econômico mais respeitado da China e representa o país nas reuniões do FMI e do G-20.

Zhou tem pressionado por medidas liberalizantes necessárias para mudar o modelo da economia chinesa, mas o temor é que elas atrapalhem no curto prazo o crescimento do país, que já está esfriando.

Por outro lado, sua retirada do posto poderia causar turbulência nos mercados e indicar que o partido não está realmente comprometido com as reformas econômicas.

O nome mais cotado para substituir Zhou é o de Guo Shuqing, ex-banqueiro e regulador que governa a província de Shandong.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEmpresasWall Street Journal

Mais de Economia

Copom reforça postura cautelosa diante da inflação e incertezas globais

PIB da Argentina cresce 0,8% no primeiro trimestre de 2025

BNDES anuncia R$ 10 bi para comprar participações acionárias de empresas até o fim do ano

Boletim Focus: após Copom, mercado eleva projeção da Selic e reduz do IPCA para 2025