Agência de notícias
Publicado em 14 de julho de 2025 às 14h01.
A China encerrou o primeiro semestre do ano com um superávit comercial recorde de cerca de US$ 586 bilhões, com a estratégia de redirecionamento das vendas para outros países além dos Estados Unidos.
As exportações aumentaram 5,8% em junho em relação ao mesmo mês do ano anterior, chegando a US$ 325 bilhões e superando a estimativa de analistas feita pela Bloomberg. As importações cresceram 1,1%, marcando o primeiro aumento desde fevereiro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Administração Geral das Alfândegas.
Os envios para os EUA caíram 16,1% em relação ao ano anterior, após terem despencado mais de 34% em maio. A queda menor veio com certo alívio nas tarifas impostas à China pelos americanos. Com a trégua acertada entre as duas potências, a sobretaxa cobrada de produtos chineses, que chegou a 145%, caiu a 30% em meados de maio.
Mas o bom resultado deve-se ao aumento das vendas em outros mercados, especialmente para os dez países do Sudeste Asiático que integram o Asean. As exportações em junho cresceram 17% para o bloco na comparação anual.
— O comércio chinês resistiu à pressão e avançou no primeiro semestre do ano — disse Wang Lingjun, vice-diretor da agência alfandegária, em entrevista coletiva. — Mas devemos considerar que o unilateralismo e o protecionismo estão crescendo em nível global, e o ambiente externo está se tornando mais complexo, sombrio e incerto.