Economia

Confiança do consumidor tem nível mais baixo desde 2009

Maior queda foi registrada no Índice da Situação Atual (ISA), em que os entrevistados se manifestam sobre o presente


	Confiança: mercado de trabalho e a inflação são as maiores preocupações dos consumidores
 (Germano Luders)

Confiança: mercado de trabalho e a inflação são as maiores preocupações dos consumidores (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 09h01.

Rio de Janeiro - O Índice de Confiança do Consumidor caiu 1,5% de setembro para outubro, divulgou hoje (24) a Fundação Getúlio Vargas, na Sondagem das Expectativas do Consumidor. A queda levou o indicador ao menor nível desde abril de 2009, com 101,5 pontos.

De acordo com a pesquisa, que ouviu pessoas em 2,1 mil domicílios em sete capitais, a maior queda foi registrada no Índice da Situação Atual (ISA), em que os entrevistados se manifestam sobre o presente.

O ISA foi 2,9% menor no mês de outubro e também registrou o pior resultado desde abril de 2009.

Outro componente do ICC, o Índice de Expectativas (IE) teve queda menos intensa, de 0,6%, que não foi suficiente para inverter a tendência positiva da média móvel trimestral.

Para a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda, o mercado de trabalho e a inflação são as maiores preocupações dos consumidores.

A satisfação dos consumidores com as finanças pessoais também teve influência negativa na sondagem, com queda de 2,3% em relação a setembro e de 3,4% no trimestre, chegando ao pior nível desde julho de 2009.

Segundo a FGV, diminuiu de 20,7% para 19,2% a proporção de consumidores que avaliam a situação como boa e aumentou de 13,9% para 14,96% os que a julgam ruim.

A pesquisa também indicou que houve queda de 3,6% na intenção de comprar bens duráveis nos próximos seis meses.

Os consumidores que preveem maiores gastos ficaram menos numerosos, ao passar de 14,3% para 14,1%, e os que projetam menores gastos passaram de 30,2% para 33%.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o ICC teve queda 8,9%, menos intensa do que a registrada em setembro, quando o índice de 2014 tinha ficado 9,5% abaixo do de 2013.

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