Economia

Deputados da Argentina aprovam projeto de "emergência econômica"

Argentina enfrenta recessão, inflação anual superior a 50% e pobreza que se aproxima dos 40%, enquanto é pressionada a pagar vencimentos de dívida

Alberto Fernández: após um prolongado debate na Câmara dos Deputados, espera-se que o Senado, onde o governo tem maioria, trate do projeto ainda nesta sexta-feira (Agustin Marcarian/Reuters)

Alberto Fernández: após um prolongado debate na Câmara dos Deputados, espera-se que o Senado, onde o governo tem maioria, trate do projeto ainda nesta sexta-feira (Agustin Marcarian/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2019 às 08h19.

Última atualização em 20 de dezembro de 2019 às 17h11.

Buenos Aires — A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na manhã desta sexta-feira um projeto de lei de "emergência econômica" que estabelece alta de impostos para enfrentar a grave crise pela qual passa o país, e o projeto deve agora ser analisado pelo Senado ainda nesta sexta.

Com 134 votos a favor e 110 contra, o governo de centro-esquerda do presidente Alberto Fernández conseguiu a aprovação de um projeto que busca manter o equilíbrio fiscal para garantir o pagamento futuro da dívida pública — que está atualmente em negociação — e, posteriormente, expandir o gasto social para impulsionar a economia.

Após um prolongado debate na Câmara dos Deputados, espera-se que o Senado, onde o governo tem maioria, trate do projeto ainda nesta sexta-feira, ante o pedido de urgência do presidente peronista Fernández

"Estamos diante de um estado excepcional na Argentina. Queremos transmitir, a quem faz parte do mercado interno, que esta é uma ferramenta para colocar a economia em marcha e devolver a esperança", disse o deputado governista Sergio Massa, presidente da Câmara, em sua conta no Twitter.

A Argentina enfrenta uma prolongada recessão, uma inflação anual superior a 50% e uma pobreza que se aproxima dos 40%, enquanto se vê pressionada a pagar vencimentos de dívida próximas a 100 bilhões de dólares, que o país diz que atualmente não tem como quitar

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