Economia

Economia da Turquia crescerá abaixo do potencial em 2017, diz FMI

No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,8% na comparação anual. Trata-se da primeira contração desde 2009

Turquia: a inflação anual turca atingiu a máxima em um ano em janeiro, a 9,2%, de 8,5% em dezembro (Ammar Awad/Reuters)

Turquia: a inflação anual turca atingiu a máxima em um ano em janeiro, a 9,2%, de 8,5% em dezembro (Ammar Awad/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 19h05.

Istambul - O crescimento econômico da Turquia deve ficar abaixo do potencial em 2016 e 2017, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta sexta-feira. O Fundo advertiu que a economia turca enfrenta consideráveis riscos de baixa.

"Após um desempenho forte em 2015, o crescimento desacelerou. A tentativa fracassada de golpe reforçou o espectro da incerteza política e sanções russas também afetaram negativamente a confiança", afirmou o FMI, em relatório sobre o país. O FMI projeta que a Turquia tenha crescido 2,7% em 2016 e cresça 2,9% em 2017.

No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,8% na comparação anual. Trata-se da primeira contração desde 2009.

Os dirigentes do FMI elogiaram a resistência da economia turca diante de desafios "severos e crescentes" e os esforços das autoridades para evitar desaceleração excessiva no curto prazo. Ao mesmo tempo, advertiram que há consideráveis riscos de baixa, com alta inflação, desequilíbrios externos e confiança substancial no financiamento externo, o que gera vulnerabilidades, enquanto o país ainda lida com desafios geopolíticos e de segurança "complexos".

A inflação anual turca atingiu a máxima em um ano em janeiro, a 9,2%, de 8,5% em dezembro, segundo dados oficiais desta sexta-feira. A lira turca já recuou 5% ante o dólar desde o início do ano, após a moeda perder um quinto de seu valor ante o dólar em 2016.

O FMI disse que um afrouxamento moderado fiscal em 2017 é apropriado para o país, mas um plano de consolidação digno de crédito para o médio prazo é necessário. Fonte: Dow Jones Newswires.

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