Economia

Financeiras estimam alta da Selic em 0,5 ponto percentual

Rio de Janeiro - O Sindicato das Financeiras do Estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ) prevê um reajuste de 0,5 ponto percentual na taxa de juros básicos da economia, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que se realiza nos dias 27 e 28. A taxa está, atualmente, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - O Sindicato das Financeiras do Estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ) prevê um reajuste de 0,5 ponto percentual na taxa de juros básicos da economia, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que se realiza nos dias 27 e 28. A taxa está, atualmente, em 8,75% ao ano.

"A ideia é essa, que  aumente 0,5 ponto percentual agora e, nas duas próximas reuniões e depois, não aumente mais, porque a gente já está vendo que a inflação deu um repique, mas não está com força. É claro que a inflação tem de ser combatida e o Banco Central [BC] está atento e vai aumentar [os juros]", afirmou hoje (25), à Agência Brasil, o presidente da Secif-RJ, José Arthur Assunção.

Ele observou, porém, que não há necessidade de a Selic terminar o ano em torno de 12,5%, como indicam alguns analistas do mercado. "Eu acho que com 10% a 10,25%, ele [o BC] já vai conseguir domar essa levantada da inflação, porque hoje a gente já está vendo que os índices estão perdendo a força". O presidente da Secif-RJ considera acertada a tendência de elevação dos juros no momento, tendo em vista o aumento significativo da produção e do consumo.  "Nesse sentido, ele [o juro] deve aumentar".

Para ele, o aumento representará o início de um ciclo de ajustes na taxa Selic, sinalizando, porém, retorno ao atual patamar no curto prazo. Se a expectativa se confirmar, os juros básicos ficarão em 9,25% ao ano. Assunção lembrou que, no entanto, a alta dos juros não é o único instrumento para manter a inflação controlada. O governo federal dispõe de outras ferramentas para isso, entre elas a retirada dos incentivos fiscais concedidos durante a crise, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos.

Leia mais juros
 

Acompanhe tudo sobre:CopomJurosPolítica monetária

Mais de Economia

Banco Mundial reduz para 2,3% previsão de crescimento global em 2025 devido à guerra comercial

Indústria é contra aumento de impostos para setor produtivo, diz presidente da CNI

Medidas do governo só afetam 'morador de cobertura', diz Haddad

Após reunião com Lula, Haddad diz que pacote alternativo ao IOF deve ser enviado à Casa Civil hoje