Economia

Fitch Ratings eleva nota de crédito da Argentina

A Fitch afirmou que a melhora no rating reflete sua perspectiva revisada de que o país não iniciou um processo de calote

A agência informa em comunicado que em geral não atribui perspectivas para ratings no nível CCC+ ou abaixo disso (Matt Lloyd/Bloomberg/Bloomberg)

A agência informa em comunicado que em geral não atribui perspectivas para ratings no nível CCC+ ou abaixo disso (Matt Lloyd/Bloomberg/Bloomberg)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 13 de junho de 2023 às 16h49.

Última atualização em 13 de junho de 2023 às 17h06.

A Fitch Ratings elevou nesta terça-feira, 13, a classificação de crédito da Argentina, de C para CC. A agência também reafirmou o rating de longo prazo em moeda local em CCC-. A agência informa em comunicado que em geral não atribui perspectivas para ratings no nível CCC+ ou abaixo disso.

A Fitch afirmou que a melhora no rating reflete sua perspectiva revisada de que o país não iniciou um processo de calote. O motivo, disse, é que as autoridades argentinas desistiram de realizar um swap, anunciado em março, que constituiria um default pelas definições da agência.

A Fitch falou, no entanto, que o rating CC significa que um calote ou um evento do tipo nos próximos anos parece provável, independentemente do resultado das eleições gerais deste ano.

O que disse a Fitch?

Em comunicado, a agência comentou que as autoridades estão usando medidas heterodoxas para lidar com a situação econômica negativa neste ano, agravada por uma forte seca, e para renegociar um programa do Fundo Monetário Internacional (FMI) para conseguir novo financiamento. Isso deverá sobrecarregar o próximo governo e criar um cenário difícil para a governabilidade do próximo presidente.

"Assim, na visão da Fitch, é cada vez mais difícil vislumbrar um plano de ajuste pós-eleitoral suficiente para garantir um acúmulo sustentado de reservas e recuperação do acesso ao mercado", disse a agência.

A projeção da Fitch é de uma contração de 3,4% no produto interno bruto (PIB) em 2023, em razão da seca e de um aperto no mercado de câmbio. A agência prevê ainda que o déficit primário do governo federal aumente para 3,2% do PIB neste ano, de 2,6% em 2022, e que o déficit nas contas externas suba a 2,8% do PIB, de 0,6% no ano passado.

Acompanhe tudo sobre:Crédito

Mais de Economia

Tebet avalia que café e carne devem ficar de fora do tarifaço de Trump 'por interesse deles'

Comissão do Senado aprova projeto que amplia isenção de IR para quem ganha até dois salários

Após tarifaço, déficit comercial dos EUA cai em junho com a queda das importações

Em meio ao tarifaço dos EUA, Haddad diz que governo dará atenção especial a setores vulneráveis