Economia

FMI diz que desequilíbrios na conta corrente atrapalham mercados

Autoridade do fundo disse que a cooperação entre os países com tais déficits e aqueles com excedentes é necessária para resolver esses desequilíbrios

FMI: desequilíbrios globais têm ressurgido como um tema controverso na comunidade internacional (Reprodução/Bloomberg)

FMI: desequilíbrios globais têm ressurgido como um tema controverso na comunidade internacional (Reprodução/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 8 de março de 2017 às 11h11.

Tóquio - A maneira como alguns países grandes administram os grandes déficits em conta corrente enquanto outros têm grandes superávits representa um risco para a economia global e pode perturbar os mercados financeiros, disse o vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Mitsuhiro Furusawa nesta quarta-feira.

A cooperação entre os países com tais déficits e aqueles com excedentes é necessária para resolver esses desequilíbrios, disse Furusawa.

"Observamos períodos sustentados de desequilíbrios. Embora eles tenham se estreitado desde a crise (financeira global), permanecem acima dos níveis desejáveis", disse ele em um seminário organizado pelo FMI em Tóquio sobre o sistema monetário internacional na Ásia.

Os desequilíbrios globais têm ressurgido como um tema controverso na comunidade internacional, já que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou países como China, Alemanha e Japão por acumularem grandes superávits comerciais contra os EUA.

"Precisamos reconhecer que um elemento central da rede de segurança é o acúmulo de reservas", disse Furusawa. "Mas a acumulação de reservas pode ser uma defesa dispendiosa", uma vez que leva a uma alocação de recursos ineficiente, acrescentou, pedindo à comunidade internacional que continue trabalhando para melhorar as redes de segurança.

O déficit comercial dos Estados Unidos saltou para a máxima de quase cinco anos em janeiro, com o aumento dos preços do petróleo elevando a conta de importações, o que sugere que o comércio voltará a pesar sobre o crescimento econômico dos EUA no primeiro trimestre.

Acompanhe tudo sobre:FMIPaíses emergentesPaíses ricos

Mais de Economia

Haddad: governo tem plano para socorrer setores afetados por tarifaço

Pix: 'incidente de segurança' permitiu acesso a dados de 11 milhões de pessoas, diz CNJ

FGTS deve aprovar hoje distribuição de quase R$ 13 bi do lucro de 2024

Governo descongela gastos com base em receitas incertas, alerta consultoria do Senado