Repórter
Publicado em 19 de novembro de 2025 às 21h13.
O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 19, que começará a implementar, de forma gradual, a exigência de biometria para a concessão de benefícios sociais. A partir de sexta-feira, 21, a biometria será obrigatória para novos beneficiários da Previdência Social (INSS) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Para outros benefícios, como salário-maternidade, auxílio-doença (benefício por incapacidade temporária), pensão por morte, seguro-desemprego, abono salarial e Bolsa Família, a obrigatoriedade da biometria entrará em vigor em 1º de maio de 2026. Para os beneficiários atuais, a implantação será feita de maneira gradual até o final de 2027.
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa pelos ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Wolney Queiroz (Previdência Social), juntamente com Amarildo Baesso, secretário Nacional de Benefícios Assistenciais do Ministério do Desenvolvimento Social.
O governo justificou o prazo ampliado como uma forma de evitar a exclusão de beneficiários, já que atualmente cerca de 11 milhões dos 68 milhões de beneficiários dos programas sociais ainda não têm cadastro biométrico. Entre os 68 milhões de beneficiários, 84% já possuem biometria registrada.
Atualmente, a exigência de biometria aplica-se apenas aos novos pedidos feitos ao INSS. Para os beneficiários já ativos, a implementação será gradual, e não haverá bloqueio automático dos benefícios. Aposentados, pensionistas e aqueles que já recebem algum auxílio não precisam tomar nenhuma ação imediata.
Se for identificada a necessidade de atualização do cadastro biométrico, o cidadão será informado individualmente e com antecedência, para providenciar a atualização de sua Carteira de Identidade Nacional (CIN), sem que haja qualquer impacto no pagamento de seus benefícios.
A base principal para o cadastro biométrico será a Carteira de Identidade Nacional (CIN). No entanto, de maneira transitória, também poderão ser usadas outras bases oficiais, como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o título de eleitor, emitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).