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Governo quer aumentar oferta de cana para etanol

O Governo anunciou um plano, mas a crescente demanda por etanol exige também a expansão da área plantada

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 16h57.

Brasília – O governo federal anunciou hoje (24) o Plano Estratégico do Setor Sucroalcooleiro, que tem a ambição de expandir a oferta de cana-de-açúcar para fabricação de etanol nos próximos quatro anos. A primeira medida, com custo estimado de R$ 29 bilhões, é a renovação de 6,4 milhões de hectares plantados com cana até 2015. Segundo o Ministério da Agricultura, a idade média dos canaviais está mais elevada que a ideal, já acima do sexto corte.

A crescente demanda por etanol, no entanto, exige também a expansão da área plantada. Para atender a ociosidade média atual de 16% das usinas, serão investidos R$ 8,5 bilhões no plantio de 1,4 milhões de hectares. Mais R$ 23 bilhões serão aplicados em 3,8 milhões de hectares para responder à demanda por etanol anidro misturado à gasolina numa proporção de 25% e etanol hidratado para entre 50% e 55% da frota de veículos leves nos próximos anos.

Os recursos para a execução do plano virão principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da poupança rural. O governo também propôs ao Conselho Monetário Nacional (CMN) uma linha de financiamento à estocagem de etanol para que as indústrias distribuam a produção durante o ano, evitando a volatilidade dos preços do combustível. A linha de crédito está estimada em R$ 4,5 bilhões ao ano.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deverá receber R$ 40 milhões para pesquisas de novas variedades de cana, como uma resistente à seca. Outra linha de pesquisa será para o desenvolvimento de tecnologias para produção de etanol celulósico, para aproveitamento da biomassa da cana.

Como forma de reestruturar o setor, o plano estratégico ainda propõe a organização dos produtores em associações e cooperativas, otimizando sua participação na cadeia produtiva e podendo, inclusive, assumir usinas paradas.

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