Haddad: ministro criticou a vinculação entre as propostas (Diogo Zacarias/MF/Flickr)
Redação Exame
Publicado em 27 de setembro de 2025 às 17h17.
Última atualização em 27 de setembro de 2025 às 18h33.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, definiu como "uma loucura" relacionarem a votação do projeto que isenta de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil à aprovação do texto que cria uma dosimetria de penas aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
"Nem me passa pela cabeça que isso possa estar sendo discutido, porque é uma loucura. Você vai submeter um projeto de justiça social, justiça tributária a isso? Faz a discussão que quiser, mas atrelar uma coisa à outra? Em vez de ser um dia de festa, que dia é esse? Vota com a tua consciência no projeto de imposto de renda", disse ao podcast 3 irmãos.
O relator do projeto que estabelece penas aos presos, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) cogita condicionar uma votação à outra.
Na quinta-feira, ele afirmou que se o projeto para redução de pena dos condenados não fosse votado, a apreciação da mudança no imposto de renda estaria em risco.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a isenção do IR será realizada na próxima quarta-feira e refutou o vínculo entre as votações. O texto é encarado como prioridade pelos governistas e já foi aprovada por uma comissão na Câmara.
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que a mudança de isenção no IR para quem ganha até R$ 5 mil pode ampliar de 10 milhões para 20 milhões o total de trabalhadores isentos do imposto. Já a redução parcial do imposto para quem ganha até R$ 7,3 mil deve alcançar 16 milhões de pessoas.