Economia

Haddad diz que governo vai definir propostas para o orçamento nesta terça-feira, 21

O ministro disse que a Casa Civil e a Fazenda vão apresentar a proposta antes da viagem do presidente Lula à Ásia

Fernando Haddad: ministro disse que governo precisa equacionar o orçamento depois da queda da MP 1.303  (Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda/Flickr)

Fernando Haddad: ministro disse que governo precisa equacionar o orçamento depois da queda da MP 1.303 (Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda/Flickr)

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 10h27.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 21, que o governo pretende definir ainda hoje, antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ásia, as propostas que serão encaminhadas ao Congresso para recompor o orçamento de 2026.

“[Os ministérios da] Casa Civil e da Fazenda estão reunidos hoje para processarmos aquilo que foi discutido com os líderes, e até o começo da tarde vamos ter uma definição do que fazer em relação a tudo, para a gente fechar”, disse Haddad a jornalistas ao chegar à sede da pasta em Brasília.

O encontro acontece depois que a Câmara dos Deputados derrubou a MP alternativa ao IOF que ampliava a tributação sobre sites de apostas, as “bets”, fintechs e letras de crédito, além de prever cortes de gastos.

A falta de votação da medida abriu um rombo fiscal de R$ 46 bilhões — R$ 15 bilhões em 2025 e R$ 30 bilhões em 2026.

Segundo o ministro, a harmonização entre as diferentes peças orçamentárias será fundamental para garantir a execução das contas públicas no próximo ano.

Haddad também ressaltou que, desde 2022, todos os acordos com o Congresso foram pactuados sem gerar problemas de execução orçamentária.

Ele reforçou que a Fazenda segue comprometida com a busca pelo centro da meta fiscal.

"Uma coisa é engessar a execução orçamentária, outra coisa é você não se comprometer com o centro da meta. Ano passado, nós tínhamos espaço para investir R$ 20 bilhões a mais do que investimos. E nós não usamos, porque nós entendemos que o compromisso com as contas públicas é o que está trazendo para o Brasil crescimento com baixa inflação e baixo desemprego. Nós queremos manter esse padrão", disse o ministro.

 

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