Economia

Imposto para comprar moeda estrangeira em espécie vai mais que triplicar, de 1,1% para 3,5%

Medida foi editada em um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi anunciada pelo Ministério da Fazenda e passa a valer a partir desta sexta-feira, 23

Dólares: medida do governo, na prática, encarecerá a compra de moeda estrageira pelos viajantes brasileiros (SimpleImages/Getty Images)

Dólares: medida do governo, na prática, encarecerá a compra de moeda estrageira pelos viajantes brasileiros (SimpleImages/Getty Images)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 22 de maio de 2025 às 19h52.

Última atualização em 22 de maio de 2025 às 20h13.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou um decreto nesta quinta-feira, 22, que mais que triplicará o Imposto sobre Operação Financeira (IOF) pago pelos brasileiros e pelas empresas para compra de moeda estrangeira. A alíquota, atualmente em 1,1%, subirá para 3,5% a partir desta sexta-feira, 23. Na prática, essa medida encarecerá a compra da moeda para os viajantes brasileiros.

Para a remessa de recurso para conta do contribuinte brasileiro no exterior a alíquota de IOF também subirá de 1,1% para 3,5%.

Nas operações cambiais, despesas com cartões de crédito e débito internacional, cartão pré-pago internacional e cheques de viagem para gastos pessoais, o IOF subirá de 3,38 para 3,5%.

Em 2022, o governo Jair Bolsonaro iniciou um processo de queda de IOF após recomendação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e prometia zerar as alíquotas do tributo até 2028. Entretanto, essa medida foi interrompida pela gestão petista com o decreto de Lula.

O que é IOF?

O IOF é a sigla para “Imposto sobre Operações Financeiras”, que também pode ser chamado de “Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários”.

O IOF está presente em operações associadas a câmbio, títulos mobiliários, crédito e seguros, embora nem sempre ele seja necessariamente cobrado. É um tributo federal, e assim, implica sobre pessoas físicas e jurídicas.

O governo possui duas vantagens na cobrança do IOF no Brasil. Uma delas é justamente aumentar sua receita, assim como acontece com qualquer imposto que incide sobre produtos e serviços no Brasil.

Além disso, as informações do volume de pagamentos do IOF também auxiliam o governo a entender a dimensão da demanda de crédito que o país possui naquele momento, impactando as decisões econômicas que podem ser adotadas pela política brasileira.

Acompanhe tudo sobre:DólarEuroIOFImpostosMinistério da FazendaReceita Federal

Mais de Economia

CMN reduz prazo mínimo de vencimento das LCAs e LCIs de 9 para 6 meses

Governo eleva IOF para VGBL, para o crédito de empresas e operações cambiais

IOF: veja o que muda e quando entram em vigor as novas alíquotas

CPI do INSS: Alcolumbre confirma sessão do Congresso em junho