Economia

Índia admite que crescimento será menor que o previsto

Primeiro-ministro reconheceu que crescimento anual do país será menor do que o previsto para 2013-2014


	O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh: "tínhamos a meta de 6,5% de crescimento na apresentação do orçamento (em fevereiro), mas parece que será muito menos que isso", disse
 (Raveendran/AFP)

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh: "tínhamos a meta de 6,5% de crescimento na apresentação do orçamento (em fevereiro), mas parece que será muito menos que isso", disse (Raveendran/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2013 às 11h51.

Nova Deli - O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, exortou nesta sexta-feira os investidores a "manterem-se otimistas", e reconheceu que o país registraria um crescimento anual menor do que o previsto em 2013-2014, um anúncio delicado, a menos de um ano das eleições gerais.

O chefe de Governo de centro-esquerda também alertou que a Índia deve reduzir seu déficit em conta corrente a 2,5% do PIB e prometeu novas medidas para abrir ainda mais a economia para os investidores estrangeiros, em um contexto de desaceleração do crescimento.

A terceira potência econômica da Ásia registrou em 2012-2013 seu pior crescimento em dez anos, 5%.

"Tínhamos a meta de 6,5% de crescimento na apresentação do orçamento (em fevereiro), mas parece que será muito menos que isso", anunciou Singh em Nova Deli a um grupo de de empresários.

"A principal preocupação é a volatilidade da rupia no mercado de câmbio", acrescentou, estimando que a situação foi, sem dúvida, exacerbada por um déficit em conta corrente de 4,7% do PIB em 2012-2013.

A rupia caiu muito nas últimas semanas frente ao dólar.

"Devemos baixar o déficit em conta corrente a 2,5% do PIB", disse.

No primeiro trimestre de 2013, o déficit em conta corrente foi de 3,6% do PIB, de acordo com dados oficiais divulgados no mês passado.

O déficit é principalmente devido às grandes importações de petróleo e ouro. Singh disse que o governo está tomando medidas para reduzir a demanda e espera que uma rupia fraca estimule as exportações.

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