Economia

Índice de produção cai para 47,7 pontos em junho, diz CNI

De acordo com a CNI, esse recuo é um comportamento usual na indústria no mês de junho

CNI: afirma que o emprego no setor industrial continua em queda (José Paulo Lacerda/Divulgação)

CNI: afirma que o emprego no setor industrial continua em queda (José Paulo Lacerda/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2017 às 14h51.

Brasília - A produção brasileira caiu em junho, após ter subido no mês de maio, de acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 26. O índice que mede a evolução da produção recuou para 47,7 pontos no mês passado, ante 53,8 pontos em maio. Ao ficar abaixo de 50 pontos, o indicador mostra redução na produção ante o mês anterior.

De acordo com a CNI, esse recuo é um comportamento usual na indústria no mês de junho. Apesar disso, a entidade ressaltou que houve melhora nas expectativas dos industriais no que diz respeito à demanda e compra de matéria-prima, o que sinaliza um cenário mais favorável para o setor nos próximos seis meses.

Na avaliação da CNI, os indicadores mostram que a indústria caminha em direção à recuperação, mas essa trajetória é lenta e enfrenta dificuldades, demonstrada pela volatilidade dos dados mensais.

A utilização média da capacidade instalada (UCI) caiu para 65% em junho, ante 66% em maio. Em junho do ano passado, a UCI estava em 64%. O indicador continua abaixo da média histórica, de 68%.

O emprego no setor industrial continua em queda. O indicador caiu para 47,6 pontos em junho, ante 48,1 pontos em maio e 44,6 pontos em junho de 2016. De acordo com a CNI, porém, foi o melhor resultado para um mês de junho desde 2013.

O indicador de evolução de estoques registrou 50,1 pontos em junho, ante 50,7 em maio e 47,8 pontos em junho de 2016.

Perspectivas

Dois dos indicadores de expectativas dos empresários tiveram melhora em julho. O indicador de demanda subiu de 55,1 pontos em junho para 55,7 pontos em julho. O indicador de compra de matérias-primas aumentou para 53,6 pontos em julho, ante 53,1 pontos em junho.

O indicador de expectativa de evolução do emprego nos próximos seis meses permaneceu em 48,8 pontos em julho, mesmo resultado registrado no mês anterior. Apesar de estar abaixo da linha dos 50 pontos, foi o melhor resultado desde maio de 2014.

Já o indicador de perspectivas para a quantidade exportada caiu para 53 pontos em julho, ante 53,5 pontos em junho. O indicador de intenção de investimento manteve estabilidade e registrou 46,6 pontos em julho, ante 46,5 pontos em junho.

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