Economia

Lagarde considera acordo franco-alemão crucial mas não suficiente

Ontem o presidente Nicolas Sarkozy explicou que a França e a Alemanha desejam um novo tratado da UE para seus 27 países ou para os 17 que formam a Eurozona

Christine Lagarde disse que é preciso recuperar a confiança dos mercados, investidores e consumidores (Evaristo Sa/AFP)

Christine Lagarde disse que é preciso recuperar a confiança dos mercados, investidores e consumidores (Evaristo Sa/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h07.

Washington - A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, elogiou o acordo franco-alemão para impor um novo tratado europeu, mas considerou que não suficiente ante uma situação extremamente grave.

"É particularmente apropriado que os líderes europeus, e em particular o presidente (francês Nicolas) Sarkozy e a chanceler (alemã Angela) Merkel, tenham decidido as coisas têm que avançar realmente", disse Lagarde em um discurso no Instituto Europeu de Washington.

"E, pelo menos, este início de compromisso que vemos tomar forma gradualmente é crucial", acrescentou.

"Mas não é suficiente em si mesmo e será necessário muito mais para abordar de forma apropriada toda a situação e para que se recupere a confiança, não apenas nos mercados, mas também dos investidores, os consumidores, aqueles que têm que fixar suas estratégias para os próximos dois, três, quatro anos, que querem saber onde vão abrir novas fábricas, onde vão investir", destacou Lagarde.

Sarkozy afirmou na segunda-feira, ao final de uma reunião com a chanceler alemã, que os dois países querem um "novo tratado" da União Europeia (UE) e que esperam um acordo entre os 17 membros da Eurozona "até março".

"O acordo franco-alemão é o mais completo" e será enviado detalhadamente ao presidente da UE, Herman Van Rompuy, na quarta-feira, véspera da nova reunião de cúpula da UE, afirmou Sarkozy depois de um almoço de trabalho com Merkel para elaborar uma "iniciativa conjunta" que permita resgatar a zona do euro e evitar a propagação da crise da dívida para outros países.

Sarkozy explicou que a França e a Alemanha desejam um novo tratado da UE para seus 27 países ou para os 17 que formam a Eurozona, aos quais podem ser somados Estados voluntários.

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