Economia

Lider do PMDB diz que será difícil aumentar carga tributária

A proposta orçamentária para 2016 foi enviada ao Congresso, no último dia 31, com um déficit previsto de R$ 30,5 bilhões


	Líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira: a proposta orçamentária para 2016 foi enviada ao Congresso, no último dia 31, com um déficit previsto de R$ 30,5 bilhões
 (Antônio Cruz/ABr)

Líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira: a proposta orçamentária para 2016 foi enviada ao Congresso, no último dia 31, com um déficit previsto de R$ 30,5 bilhões (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 07h10.

Após reunião do vice-presidente Michel Temer com governadores do PMDB, o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse que será muito difícil aprovar aumento de carga tributária no Congresso neste momento, e defendeu o corte de despesas para reequilibrar o Orçamento.

A proposta orçamentária para 2016 foi enviada ao Congresso, no último dia 31, com um déficit previsto de R$ 30,5 bilhões.

“Os governadores relataram as dificuldades dos estados brasileiros e defenderam a necessidade de reforma da Previdência e de um ajuste de receitas e despesas. O Congresso Nacional entregou todas as respostas que nos foram pedidas em matérias de ajuste fiscal. É muito difícil discutirmos qualquer aumento de carga tributária. Aceitamos que o governo encaminhasse ao Congresso suas propostas para serem debatidas. Se o governo federal, que tem as dificuldades, encaminhar ao Congresso matérias dessa natureza, vamos discutir. Mas há muita dificuldade de aprovar carga tributária”, afirmou Eunício.

Segundo o líder, o vice-presidente, durante o jantar no Palácio do Jaburu, não falou sobre uma possível mudança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto que incide sobre combustíveis, como forma de aumentar a arrecadação da União e dos estados, que, mais cedo, Temer havia dito que iria discutir na reunião.

O governador de Rondônia, Confúcio Moura, que saiu mais cedo do jantar, disse que ele e o governador do Rio Grande do Sul, José Sartori, defenderam a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) como forma de financiamento da saúde pública.

Também estiveram presentes na reunião os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; do Espírito Santo, Paulo Hartung; de Alagoas, Renan Filho; e do Tocantins, Marcelo Miranda. O governador de Sergipe, Jackson Barreto, não esteve presente em razão de licença médica. Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), também participaram do encontro.

Os ministros da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, da Pesca, Helder Barbalho, e dos Portos, Edinho Araújo, além do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) participaram também da reunião.

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